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Franz Liszt escreveu o oratório Christus entre 1862 e 1866. Liszt ocupou-se pessoalmente do libreto, elaborando o texto para o oratório, a partir de trechos da Bíblia e da liturgia católica romana. Após execuções parciais da obra em Roma, Christus foi estreado na íntegra na cidade de Weimar, em 1873, sob a direção do próprio compositor. Várias personalidades do meio artístico estiveram presentes nesta estreia, destacando-se o compositor Richard Wagner. Curiosamente, a execução deu-se na Igreja Herder, um estandarte do protestantismo de Weimar. Seis meses mais tarde, o oratório foi apresentado em Budapeste, sob a regência do maestro Hans Richter. Nas palavras da princesa Sayn-Wittgenstein, o oratório Christus foi uma das flechas que Liszt lançou no espaço infinito do futuro.
Neste Oratório de Natal, Liszt conseguiu associar elementos medievais, gregorianos e polifônicos a uma técnica sinfônica muito avançada. Enquanto Wagner tentou levar a igreja ao teatro, Liszt conseguiu revitalizar a música sacra através de um aguçado sentido dramático. A obra divide-se em três grandes blocos, totalizando 14 movimentos. Cada parte do oratório descreve episódios específicos da vida de Cristo: nascimento, ensinamentos, morte e ressurreição. A primeira parte tem o título de Oratório de Natal.
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