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Após Getúlio Vargas ter perdido o poder em 1945, e ao término da Segunda Guerra Mundial, Villa-Lobos retomou as viagens internacionais para reger suas próprias obras. No Brasil, as suas atividades como regente coral, compositor e educador haviam diminuído sensivelmente. De qualquer modo, a demanda de obras corais patrióticas havia praticamente terminado e Villa-Lobos passou a concentrar suas energias na composição de óperas e música sinfônica.
No final da vida, duas encomendas levaram-no a criar novas obras sacras e foi com elas que o compositor literalmente despediu-se do mundo dos vivos. Uma encomenda do Papa Pio 12, através da Associação Italiana de Santa Cecília para a celebração do "Ano de Lourdes", motivou a criação de Magnificat-Alleluia para mezzosoprano, coro e orquestra. A obra foi estreada em novembro de 1958 no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, sob a regência do maestro Edoardo de Guarnieri.
Villa-Lobos, já na fase terminal da doença que o vitimaria, havia recentemente saído do hospital e pôde assistir a esta apresentação, emocionando-se profundamente com sua própria música. O público espontaneamente dirigiu uma calorosa ovação ao compositor, a qual mal pode retribuir, devido à debilidade de sua saúde. Este foi o último concerto em que esteve presente, vindo a falecer poucas semanas mais tarde.
"Laudate Dominum" está no ar desde 1989 e é apresentado pelo pianista e compositor Amaral Vieira.
"Laudate Dominum" vai ao ar domingo, às 9h, com reapresentação na terça-feira, às 23h00, na Cultura FM (103,3).
Produção: Bruno Lombizani
Estágio em Produção: Isadora Diniz
Trabalhos técnicos: Wagner Freitas
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