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O primeiro grande êxito de Louis Andriessen aconteceu em 1976, com De Staat, sobre textos da República de Platão, que ele descreve como uma contribuição para o debate sobre a relação entre música e política.

Foi um turning point em sua carreira. Afastou-se de Darmstadt, abraçou o marxismo e o anarquismo. Abraçou igualmente o minimalismo.

O novo Andriessen compôs então Workers Union, ou sindicato dos trabalhadores. “Ela foi escrita originalmente para a orquestra De Volharding, Perseverança, da qual eu mesmo participava como pianista. Esta peça é uma combinação de liberdade individual e severa disciplina: seu ritmo é fixado com precisão: a altura, por outro lado, é indicada de modo aproximativo, numa linha só.

É difícil tocar em conjunto e manter o ritmo, assemelha-se à tarefa de organizar e realizar uma ação política”, explicou num texto de 1990.

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O programa Música Contemporânea vai ao ar aos domingos, às 22h da noite pela Rádio Cultura FM de São Paulo, 103.3.

Apresentação: João Marcos Coelho, Produção: Sonia Maria de Lutiis, Estagiária em Produção: Denise Faveri