Cientistas pediram o registro da patente de uma vacina brasileira contra a malária. O pedido para testes em humanos deve ser feito no início de 2025.
A vacina brasileira é resultado de uma parceria entre a Universidade de São Paulo (USP), o Centro de Tecnologia de Vacinas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Universidade de Nebraska, nos Estados Unidos.
Os resultados dos testes pré-clínicos da versão brasileira, batizada de Vivaxin, mostraram que o imunizante induziu a produção de anticorpos em animais.
A coordenadora do estudo na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP, Irene Soares, afirma que as pesquisas em animais indicaram que a dose é segura.
“Ela (vacina) foi bem tolerada pelos animais e não causou nenhum efeito adverso”, comenta Irene.
As vacinas existentes hoje contra a malária servem apenas para alguns países africanos com alta transmissão da doença pelo parasita plasmodium falciparum. No Brasil, a maioria das infecções, segundo o Ministério da Saúde, se dá pelo plasmodium vivax, outra espécie de protozoário, daí a importância de um imunizante 100% nacional.
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A malária é uma doença infecciosa causada por um parasita que é transmitido pela picada de fêmeas infectadas pelo mosquito anopheles conhecido popularmente como "muriçoca".
A doença pode evoluir para forma grave e levar até à morte. Os sintomas mais comuns são febre alta, calafrios, tremores, sudorese e dor de cabeça.
No Brasil, a maioria dos casos de malária se concentra na região amazônica, que é endêmica para a doença com quase 100% dos registros no país no ano passado.
O pedido de patente da vacina brasileira foi feito no fim de outubro. Os testes com humanos dependem da autorização da Anvisa, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Saiba mais na matéria sobre o tema que foi ao ar na última sexta-feira (23) no Jornal da Cultura:
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