A cantora Teresa Cristina levou muito samba ao Sesc Itaquera na manhã deste domingo (24), na edição especial do Bem Brasil.
O programa, que contou com apresentação ao vivo de Wandi Doratiotto e Adriana Couto, celebrou o mês da consciência negra, quatro dias depois do feriado que se tornou nacional pela primeira vez este ano.
Com sua banda composta 100% de mulheres negras, Teresa Cristina entoou sambas clássicos de grandes nomes da música negra brasileira como Arlindo Cruz, Gilberto Gil, Alcione e muitos outros.
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“O samba é consciência negra porque o samba é consciência diária (...) pela primeira vez, o feriado de Zumbi (dos Palmares) é um feriado nacional e a gente precisa falar da nossa história o tempo todo. A gente acha que o Brasil tem memória curta, e é por isso mesmo que a gente precisa falar sobre a nossa história. O mês da consciência negra é um mês para a gente refletir sobre como esse país foi construído, quem foi que trabalhou, quem foi que recebeu, quem não trabalhou e quem foi jogado na rua sem nada e conseguiu fazer cultura”, falou a artista.
No show, ainda deu tempo de Teresa Cristina relembrar o começo de carreira na música, exaltar a democracia brasileira, falar do gosto musical da filha e pedir respeito aos “verdadeiros sambistas”.
“Acho que o samba é uma música de base ancestral, é uma tradução oral. O samba, se a gente não olhar pra trás, a gente não anda pra frente (...) ser sambista não é só cantar samba não. Ser sambista é um montão de coisa. É respeitar as pessoas, é ser amigo dos outros sambistas, é se misturar no meio do povo, é ir onde as pessoas querem, então tem muita gente achando que cantar samba é ser sambista”, disse.
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