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Das quatro sonatas interpretadas por Pablo Barragan e Sophie Pacini, três foram compostas durante a segunda guerra mundial. Um período particularmente negro na história do século 20. Mesmo assim, estes compositores deram um jeito de escrever música que não é só de lamentações ou queixas. São obras até certo ponto luminosas – e neste sentido, surpreendentes. Mieczyslaw Weinberg nasceu em 1919 e morreu 1996, tendo feito sua carreira na antiga União Soviética. O seu é um dos casos mais cruéis de censura e repressão na extinta União Soviética. Cresceu em Varsóvia e estabeleceu-se em Moscou em setembro de 1943, onde tornou-se amigo de Shostakovich. Até 1948, data do famoso texto infame do comissário Jdanov condenando vários grandes compositores russos como formalistas, como Shostakovich, Prokofiev e também Weinberg. Mas ele foi preso mesmo. Só saiu nos anos 1960 – e imediatamente foi defendido publicamente por Kondrashin, Barshai e Rostropovich, entre outros grandes. Mas poucas de suas obras chegavam ao Ocidente.Felizmente, nas últimas duas décadas – sobretudo nos últimos dez anos --, sua obra vem sendo mais tocada e gravada.