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No programa de hoje, você vai conhecer a obra para violão do compositor italiano Sylvano Bussotti, falecido no ano passado, durante a pandemia, aos 89 anos, doze dias antes de completar os 90 anos.
Ele foi um dos principais nomes da vanguarda nos anos 1970.
No seu monumental livro “Cinquenta anos de modernidade musical – de Darmstadt ao Ircam”, de mil páginas, Celestin Deliège dedica apenas uma página e meia a Bussotti. Diz que ele “foi uma figura de primeiro plano” na cena contemporânea dos anos1960/70.
Foi aluno de Dallapiccola, mas parece um autodidata. Bussotti foi muito influenciado por Klaus Metzger,
filósofo da música que apoiava a música nova ideologicamente engajada. Algo parecido acontecia por aqui, no Brasil, com Gilberto Mendes e Willy Correa de Oliveira naquelas mesmas décadas em que vivemossob a ditadura.
Sua obra é pouco conhecida, tocada e menos ainda gravada.
O regente italiano Giuseppe Sinopoli gravou “Rara Requiem” para aDeutsche Grammophon, mas há outras obras esquecidas de grandes proporções, como a “Paixãõ segundo Sade”. Além das peças para flauta, Bussotti compôs para violão ao longo de sua carreira.
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