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O compositor pernambucano Marlos Nobre completa hoje 85 anos. Figura polêmica, é entretanto um dos mais destacados compositores brasileiros do último meio século, com forte projeção internacional. Vinte anos atrás, em 2004, quando ele completava 65 anos, escrevi uma grande matéria para a revista Bravo, incluindo entrevista com ele.
Marlos combinou enorme talento como compositor com notável flexibilidade política. Ocupou cargos importantes da estrutura cultural do Estado Brasileiro durante a ditadura. Foi o primeiro diretor do Instituto Nacional de Música da Funarte e dirigiu também a Fundação Cultural de Brasília, gestora da Orquestra sinfônica Nacional.
Seu nome é formado pelas letras dos nomes da mãe Maria e do pai Carlos. – continua provocando celeuma. Só não lhe podem negar a qualidade da obra. Sua obra é de fato importante, tem invejável consistência. É presença frequente no circuito internacional O essencial de sua produção localiza-se cronologicamente entre os anos 1960 e a década de 1980.
Muito provavelmente, pode ter sido o seu maior momento criativo, quando espantou a tudo e a todos com peças como “Ukinmakrinkrin” para voz, sopros e piano, e “Rhythmetron” para 38 instrumentos de percussão – até hoje seus carros-chefes internacionais.
Polêmicas à parte, Marlos Nobre tem a chama do criador – e de alta qualidade. “A música”, diz, “toma a pessoa de assalto, sem remédio e sem pedir licença”.
Apresentação: João Marcos Coelho
Produção: Sonia Maria de Lutiis
Estagio em Produção: Cleison Belarmino
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