Fundação Padre Anchieta

Custeada por dotações orçamentárias legalmente estabelecidas e recursos próprios obtidos junto à iniciativa privada, a Fundação Padre Anchieta mantém uma emissora de televisão de sinal aberto, a TV Cultura; uma emissora de TV a cabo por assinatura, a TV Rá-Tim-Bum; e duas emissoras de rádio: a Cultura AM e a Cultura FM.

CENTRO PAULISTA DE RÁDIO E TV EDUCATIVAS

Rua Cenno Sbrighi, 378 - Caixa Postal 66.028 CEP 05036-900
São Paulo/SP - Tel: (11) 2182.3000

Televisão

Rádio

Reprodução da Internet
Reprodução da Internet Grupo Counterpoints de Amsterdã


  • Ouça "O Que Há de Novo" completo:

  • O nome de Georg Philipp Telemann às vezes nem é lembrado como um dos grandes da música do século 18.Telemann foi uma figura dominante em sua longa vida.
    Quando nasceu, em 14 de março de 1681, Schütz morrera há menos de dez anos; morreu em 25 de junho de 1767, quando Haydn já havia escrito trinta sinfonias e dali a três anos Beethoven nasceria.
    Existe muito pouca bibliografia analítica e histórica sobre Telemann. Poucos pesquisadores se debruçaram sobre sua obra.
    O primeiro livro traduzido para o inglês – a língua franca no mundo do século 20 – só foi publicado em 1974 (“Telemann”, de Richard Petzoldt, Ed. Ernst Benn, Londres). E o primeiro estudo mais alentado teve de esperar o século 21: é “Music for a mixed taste”, música para um gosto misto ou eclético, um estudo de 700 páginas sobre a música instrumental de Telemann por Steven Zolen, publicado em 2008 pela Oxford.

    Se hoje se considera sua música superficial, banal, tediosa – uso adjetivos repetidos à exaustão por pesquisadores e musicólogos nas histórias da música -- , em seu tempo, no entanto, Telemann era rei.
    E o motivo deste descompasso é simples: no século 18, compunha-se para o dia-a-dia, sem grandes pretensões artísticas. Os músicos eram basicamente empregados nas cortes, e tinham o mesmo status das camareiras, cozinheiras, mordomos, etc. Por isso, sempre que há uma nova gravação, trato logo de ouvi-la e divulgá-la.
     É o caso deste excelente álbum lançado em 2020 pelo selo Etcetera, com o grupo Counterpoints . Ele começou em 2011 como duo, por iniciativa de Thomas Trissichijn, especialista na flauta doce, e da cravista Aljosja Mietus. Em 2015 eles convidaram a violinista Matthea de Muynck e o violoncelista Petr Hamouz e o Counterpoints ganhou sua formação atual. No álbum La Querelleuse, que deve seu título a uma das suítes mais famosas do compositor, eles convidaram outros músicos: a soprano Kristen Witmer, o oboísta Robert de Bree e o contrabaixista Alon Portal.
  • Começamos nossa viagem pela música de Telemann com a suíte que dá título ao álbum, la querelleuse, algo como madame briguenta. No encarte explica-se que ela ganhou este nome em referência à segunda esposa de Telemann, que gostava de gastar muito dinheiro e ainda tinha um caso amoroso.
    A suíte compõe-se e seis partes: abertura – Rondeau – Les Combattants – Passetemps – Badinerie – e Minuetos I e II.

    Seleção Musical:
  • Suite La querelleuse
    Grupo Counterpoints, de Amsterdã.

  • Fantasia em Sol para flauta doce solo
    Thomas Trissichijn (flauta doce)

  • Trio Sonata em sol menor
    Integrantes do grupo Counterpoint, de Amsterdã.

  • Fantasia no. 3 em dó menor
    Fantasia para violoncelo solo no. 3, em sol menor, 
    Petr Hamouz (violoncelo)

  • Die Zufriedenheit
    Kristen Witmer (soprano). Grupo Conterpoint de Amsterdã.
    Trio nº 9 - Andante
    Grupo Counterpoint de Amsterdã


  • O programa "O Que Há de Novo", com apresentação de João Marcos Coelho, vai ao ar pela Rádio Cultura FM 103.3 FM, às Quartas, 23h15h com reapresentação aos Sábado, 19h, na Cultura FM, Cultura Brasil e no aplicativo Cultura Digital.