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No dia 15 de novembro de 1889, há exatos 133 anos, era proclamada a República Federativa do Brasil. O país que vivenciou naquela data o primeiro golpe militar de sua história, tendo como comandante o marechal Deodoro da Fonseca, hoje – felizmente – vive uma democracia consolidada, embora jovem. Nesta entrevista especial do “8 em Ponto”, Sergei Cobra conversa com o radialista e historiador Milton Teixeira.
O estudioso explica que o movimento ganhou força com o apoio da população, que estava insatisfeita. É sabido que também se somou a esse fato a questão abolicionista. “Realmente o Brasil estava parado enquanto monarquia. A economia estava em decréscimo, havia inflação. Depois que caiu, houve uma liberalização do comércio e da indústria”. Teixeira defende o acontecimento histórico: “Aos trancos e barrancos, apesar de não termos um governo democrático até 1945, a República foi um marco. Lá que o Brasil começou a se modernizar”.
Questionado se o país evoluiu moralmente no quesito corrupção, Teixeira responde de pronto: “Sim, nós evoluímos. E isso é intrínseco à política brasileira desde o período colonial. Dom Pedro I era corruptíssimo, chegou a falir o Banco do Brasil, gastou todo o dinheiro da nação com a amante” [Domitila de Castro, a Marquesa de Santos]. O historiador também não poupa o filho do imperador nem o próprio regime republicano: “Dom Pedro II, apesar da aparência de honestidade, estava cercado de pessoas dúbias, que não tinham o mesmo interesse no progresso do Brasil. E, na República, a corrupção também cambiou solta”.
O programa "8 em Ponto", com apresentação de Sergei Cobra, vai ao ar pela Rádio Cultura FM 103.3 e 77.9 FM estendida. Também na Rádio Cultura Brasil AM 1200 e pelo aplicativo Cultura Digital. De segunda a sexta-feira, às 8h.
*Estagiário sob supervisão da profissional habilitada Lenize Villaça - MTB: 25.380/SP
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