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Na noite desta segunda-feira (12), o ministro Alexandre de Moraes determinou a prisão do pastor indígena José Acácio Serere Xavante, conhecido como cacique Tsereré. Apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), ele é acusado de ameaça, perseguição e abolição violenta do Estado Democrático de Direito, conforme apontou a Procuradoria Geral da República. De acordo com investigações, o líder do Povo Xavante utiliza sua posição de cacique para incentivar indígenas e não indígenas a cometer crimes, mediante ameaça de agressão e perseguição ao presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e aos ministros do Supremo Tribunal Federal. A detenção de José Acácio causou revolta em manifestantes bolsonaristas, que tentaram invadir a sede da Polícia Federal em Brasília e cometeram terrorismo nas ruas da cidade. Pelo menos cinco ônibus e oito carros particulares foram incendiados, de acordo com o Corpo de Bombeiros do DF.

Nesta terça-feira (13), quem analisa a cerimônia de diplomação e a consequente noite de caos na capital é o cientista político Sergio Fausto, diretor-geral da Fundação Fernando Henrique Cardoso. “O ministro da Justiça [Anderson Torres], diante da inação do atual Governo Federal, agiu corretamente e ligou para as autoridades competentes, que reagiram”, opina. Ao comentar o discurso do petista durante o evento que concedeu aval para a tomada de sua posse no primeiro dia de janeiro de 2023, Fausto também não poupa críticas: “O Lula identifica a volta dele ao poder com a recuperação da democracia. Eu não gosto disso. Ele personaliza demais a política e se atribui méritos que são coletivos, não individuais”, conclui.

O programa 8 em Ponto, com apresentação de Sergei Cobra, vai ao ar pela Rádio Cultura FM 103.3 e 77.9 FM estendida. Também na Rádio Cultura Brasil AM 1200 e pelo aplicativo Cultura Digital. De segunda a sexta-feira, às 8h.

*Estagiário sob supervisão da profissional habilitada Lenize Villaça - MTB: 25.380/SP