Duas em cada dez mulheres (21%) já foram ameaçadas de morte pelo parceiro/namorado ou ex. Os números foram divulgados pelo Instituto Patrícia Galvão nesta segunda-feira (25), Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra a Mulher.
A pesquisa “Medo, ameaça e risco: percepções e vivências das mulheres sobre violência doméstica e feminicídio" foi realizada em parceria com o Instituto Consulting Brasil e apoio do Ministério das Mulheres.
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Ao todo, o levantamento entrevistou 1.353 mulheres com mais de 18 anos entre os dias 23 e 30 de outubro.
Segundo os dados, entre os 21%, 18% disseram que já foram ameaçadas de morte por algum parceiro, e 3% já sofreram ameaças de mais de um namorado.
Em ambos os casos, as mulheres negras (pretas e pardas) aparecem em maior número: entre as mulheres negras, são 25%, seguidas pelas pardas, 19%, e por último as brancas, 16%.
Além disso, a pesquisa aponta que uma em cada 10 brasileiras conhecem ao menos uma mulher que já foi ameaçada de morte pelo atual ou ex-parceiro ou namorado. Procurar a polícia foi a principal reação de 64% das entrevistadas quando ficou sabendo sobre a situação de ameaça de uma mulher por seu parceiro/namorado atual ou ex. Em média, apenas 6% das mulheres dizem que não se envolvem com a situação de ameaça de outra mulher vítima de violência doméstica.
Cerca de 9 em cada 10 mulheres, 89% das entrevistadas, acreditam que os casos de feminicídio íntimo, isto é, o assassinato de mulheres por atual/ex-parceiro, acontecem por motivo de ciúmes e possessividade dos parceiros/namorados que se acham donos das mulheres.
Já a cultura machista é apontada por 44% como motivo para o feminicídio íntimo.
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