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Morreu no último dia 12 de maio de 2024, no Rio de Janeiro, aos 83 anos de idade, o ator Paulo César Pereio. Gaúcho de Alegrete, nascido em 1940, atuou em mais de 60 filmes. Disputado pelo Cinema Novo, trabalhou com os diretores Glauber Rocha (Terra em Transe), Ruy Guerra (Os Fuzis) e Arnaldo Jabor (Toda Nudez será Castigada). Na TV, fez participações em “Mandala”, “Partido Alto”, “Gabriela”, entre tantas outras telenovelas.
Dono de um vozeirão, Pereio foi um dos mais famosos narradores do país. Jovem em Porto Alegre, queria ser locutor e chegou a fazer testes para radionovelas. Acabou caindo no teatro, onde se iniciou em peças infantis. Foi um dos fundadores do Teatro de Equipe, em Porto Alegre, protagonista de um dos mais expressivos e combativos momentos do teatro gaúcho. Ali, montou e atuou em peças de Chico de Assis, Arthur Azevedo e Mário de Almeida, entre outros. Autodidata e refratário à escola, estudou sozinho em casa.
“Eu não gosto muito de me ver. Já estou enjoando do espelho, mas de vez em quando você precisa se olhar no espelho”, diz Pereio. “Eu tenho gosto romântico. Quando eu choro, eu gosto”, confessou a Arrigo. Neste programa gravado em novembro de 2006, Pereio, personagem de si mesmo, fala do rádio, do cinema, canta e declama Camões.
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