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Marcela Leiros – Da Cenarium

MANAUS (AM) – Nesta quinta-feira, 26, é celebrado o Dia Internacional da Igualdade Feminina e uma das formas de conquistar direitos igualitários para as mulheres na sociedade, em geral, é através da representação feminina na política. Apesar da importância de haver representantes femininas no Executivo e Legislativo, afim de pautar políticas públicas que viabilizem a igualdade destes direitos, números apontam que as mulheres ainda são pouco representadas, se comparadas aos homens.

Na eleição de 2020, mesmo com as mulheres representando 52,5% do eleitorado, elas configuraram apenas 33,3% do total de candidaturas para prefeita, vice-prefeita ou vereadora. Isso significou cerca de 183 mil mulheres perante os pouco mais de 522 mil pedidos de registro de candidatura, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Se comparados às eleições anteriores, esses dados são um recorde para as eleições municipais: em 2016, as candidaturas femininas foram 31,9% do total e, em 2012, 31,5%.

De acordo com a coordenadora regional do Observatório Nacional de Candidaturas Femininas no Amazonas, a advogada Aparecida Veras, mesmo com os avanços na legislação, ainda há muito o que conquistar, uma vez que o número de mulheres ocupando cargos políticos está aquém do justo e necessário.

“Vivemos em uma democracia representativa e exigir condições para concorrer em pé de igualdade com os homens não é pedir favor, é fazer valer um direito que sempre foi negado às mulheres. É o direito de participar das decisões que ditam políticas públicas para mulheres seja na esfera Municipal, Estadual ou Federal. Afinal, a ausência de representatividade feminina no poder se reflete em todos os setores da sociedade, em todos os níveis de poder e na vida da mulher como um todo”, destacou.

A coordenadora regional do Observatório Nacional de Candidaturas Femininas no Amazonas, advogada Aparecida Veras (Reprodução/Arquivo Pessoal)

Representatividade no Amazonas

Manaus está entre as cinco capitais com menor representatividade feminina no País, de acordo com Veras. Diante desta representatividade, que já é baixa na Câmara dos Deputados (em torno de 15%) e no Senado (13%), o Amazonas não tem representante feminina no congresso nacional.

“O número de mulheres na Assembleia Legislativa do Amazonas também é muito baixa, de 24 parlamentares, apenas quatro são mulheres. Da mesma forma as eleições municipais em Manaus não trouxeram nenhum avanço. De 41 vereadores apenas quatro são mulheres, ou seja, menos de 10%”, destacou a advogada.

Mudanças necessárias

Em face dos números baixíssimos de representantes mulheres, Aparecida pontuou que é preciso maior investimento dos partidos políticos, quase todos dirigidos por homens, nas candidaturas femininas, pois é onde tudo começa.

“Para contar com candidaturas femininas fortes, os partidos têm que investir em capacitação, visibilidade e, sobretudo, democratizar a distribuição das verbas do fundo de financiamento de campanhas. O que vimos nas últimas eleições foi uma distribuição desigual, sem critérios, onde uma mulher recebia um valor considerável e a maioria não recebia nada ou quase nada”, falou ainda.