Audiência no Senado vai debater navegabilidade e soluções para Hidrovia do Rio Madeira
No Estado, a rota é via de escoamento de grãos como soja, milho e açúcar, produzidos no Estado de Mato Grosso.
11/09/2024 13h27
Camila Pinheiro - AGÊNCIA CENARIUM
PORTO VELHO (RO) - A Hidrovia do Rio Madeira, uma das principais rotas de transporte fluvial do Brasil, será tema de uma audiência pública no Senado Federal. Marcada para terça-feira, 10, a reunião foi solicitada pelo senador Confúcio Moura (MDB-RO), presidente da Comissão de Infraestrutura (CI) do Senado.
No Estado, a rota é via de escoamento de grãos como soja, milho e açúcar, produzidos no Estado de Mato Grosso. Esses produtos são transportados até Porto Velho (RO) e, de lá, seguem pelo rio até a foz em Itacoatiara (AM). Com uma extensão navegável de 1.060 quilômetros, a hidrovia facilita o transporte de cargas de maneira mais econômica e sustentável.
Para o economista e professor da Universidade Federal de Rondônia (Unir) Otacílio Moreira, há outras questões que devem ser discutidas, como das comunidades que vivem ao longo do rio. "Nós temos uma comunidade ribeirinha que usa o rio para escoar a produção de banana, de farinha, de macaxeira e de outros itens para sua subsistência", disse à CENARIUM.
A concessão da Hidrovia do Rio Madeira é vista como uma oportunidade para atrair investimentos privados, que podem contribuir para a modernização da infraestrutura e a sustentabilidade ambiental. No entanto, também há desafios a serem enfrentados, como a necessidade de garantir a navegabilidade durante todo o ano e a preservação ambiental da região.
O professor da Unir destaca, também, o custo social para a população ribeirinha que vive na região. "Há a necessidade de se debater o que vai ser feito com essas comunidades, que vivem nos leitos há bastante tempo e cujo rio é a principal fonte de escoamento e recebimento de produtos, além do transporte de pessoas", salienta.
No Senado, a audiência vai debater a concessão da hidrovia para a iniciativa privada. O encontro terá a participação de especialistas, representantes do governo e do setor privado, além de membros da sociedade civil.
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