Prefeito de Manaus gasta R$ 6,3 milhões com campanha à reeleição
Neste período, o prefeito de Manaus, David Almeida, gastou R$ 6,3 milhões, conforme prestação de contas mais recente disponibilizada até esta segunda-feira, 16, na plataforma Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais (Divulgacand) da Justiça Eleitoral.
17/09/2024 10h15
Jefferson Ramos - DA CENARIUM
MANAUS (AM) - Em um mês de campanha eleitoral, o prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), que busca a reeleição, teve um volume de gastos maior que os outros seis candidatos. Neste período, David gastou R$ 6,3 milhões, conforme prestação de contas mais recente disponibilizada até esta segunda-feira, 16, na plataforma Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais (Divulgacand) da Justiça Eleitoral.
A prestação de contas ainda é apenas uma prévia, mas é possível verificar com o que os candidatos gastam o dinheiro dos partidos. No caso de David Almeida, dos R$ 6,3 milhões gastos, 75%, ou R$ 4,7 milhões, foram investidos em atividades de militância e mobilização de rua e produção de programas de rádio, televisão ou vídeo.
Os dados do Divulgacand apontam apenas recursos repassados do diretório nacional do Avante, de R$ 3,9 milhões. A campanha ainda falta prestar conta de R$ 2,4 milhões, considerando os gastos atuais. A CENARIUM questionou a assessoria de campanha do prefeito sobre o recurso restante, que não foi prestado, e aguarda retorno.
Outros candidatos
O presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), deputado estadual Roberto Cidade (UB), tem o segundo maior volume de gastos. Ele apresentou gastos de R$ 4,7 milhões e recursos arrecadados de R$ 8,095 milhões. 98% desse valor foi repassado via fundo eleitoral pelos comitês nacionais do Avante e do Republicanos, que integra a coligação do candidato.
O candidato bolsonarista deputado federal Capitão Alberto Neto (PL) aparece em terceiro colocado no ranking com o maior gasto. Alberto Neto divulgou R$ 1,5 milhão em gastos de R$ 7,3 milhões angariados por meio de repasses da executiva nacional do PL e de outras quatro doações privadas. 97,25% foram repassados somente pelo fundo eleitoral.
O deputado federal Amom Mandel (Cidadania) segue em quarto, com gastos de R$ 1,1 milhão. A prestação de contas dele apresentou recursos de R$ 450 mil oriundos de cinco doações de pessoas físicas. O maior doador é o empresário Júlio Cezár Furtado de Queiroz.
A demora na atualização dos dados se dá porque os candidatos seguem prazos para publicar as prestações de contas parciais. O prazo venceu no dia 13 de setembro. Neste primeiro resumo, os candidatos têm que apresentar os gastos a partir do dia 16 de agosto, início da propaganda eleitoral.
Amom recusa Fundão
Amom Mandel garantiu que não usará recursos do fundo eleitoral para custear a própria. Ele criticou a existência do financiamento público de campanha, criado após o Supremo Tribunal Federal (STF) proibir doações de empresas para candidatos na esteira do "escândalo do Petrolão", que implicou partidos em direcionamento de contratos da Petrobras para empresas de engenharia.
Em 2015, o STF justificou a proibição argumentando que tais doações desequilibraram a disputa eleitoral. No ano seguinte, o Congresso Nacional criou o bilionário Fundo Especial de Financiamento de Campanha, o "Fundão".
Questionado durante lançamento da candidatura em agosto, Amom explicou que prestará conta de todas as doações feitas à campanha e que usará o recurso de maneira transparente.
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