Impulsionada por alta de alimentos, inflação chega a 0,67% em junho, diz IBGE
Dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)
08/07/2022 10h12
A inflação chegou a 0,67% em junho, após a variação de 0,47% registrada no mês anterior. A alta foi influenciada principalmente pelo aumento de 0,80% no grupo de alimentação e bebidas, que tem grande peso no índice geral (21,26%).
Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira (8). No ano, a inflação acumulada é de 5,49% e, nos últimos 12 meses, de 11,89%.
O da pesquisa, Pedro Kislanov, explicou em nota divulgada pelo instituto que “o resultado foi influenciado pelo aumento nos preços dos alimentos para consumo fora do domicílio (1,26%), com destaque para a refeição (0,95%) e o lanche (2,21%)”.
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Segundo ele, nos últimos meses, esses itens não acompanharam a alta de alimentos nos domicílios, como a cenoura e o tomate, e ficaram estáveis. Assim como outros serviços que tiveram a demanda reprimida na pandemia, há também uma retomada na busca pela refeição fora de casa.
Em alimentação e bebidas, outros itens que tiveram alta de preço foram o leite longa vida (10,72%) e o feijão-carioca (9,74%). Com isso, os alimentos para consumo no domicílio subiram 0,63%. Mas também houve queda em itens importantes desse grupo, como a cenoura, cujos preços já haviam caído em maio (-24,07%) e continuaram recuando em junho (-23,36%). Entre os outros itens essenciais na mesa do brasileiro que tiveram redução estão a cebola (-7,06%), a batata-inglesa (-3,47%) e o tomate (-2,70%).
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O pesquisador também destacou que o aumento no plano de saúde (2,99%) foi outro fator que influenciou o resultado do índice em junho. “No IPCA, houve, em junho, a apropriação das frações mensais de maio e junho, o que impactou bastante esse resultado”, pontuou. O plano de saúde foi o maior impacto individual no índice do mês (0,10 p.p.) e impulsionou a alta de 1,24% no grupo de saúde e cuidados pessoais.
Em transportes, grupo de maior peso no índice geral, a alta foi de 0,57%, uma desaceleração frente ao mês anterior (1,34%). Em junho, o resultado foi impactado pela queda de 1,20% nos combustíveis. Os preços da gasolina, item de maior peso individual no IPCA, caíram 0,72%, enquanto os do etanol recuaram 6,41% e os do óleo diesel subiram 3,82%. Mas a maior variação (11,32%) e o maior impacto positivo (0,06 p.p) do grupo vieram das passagens aéreas, que acumulam alta de 122,40% no ano.
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