Pressionado pelo aumento na conta de luz, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 1,31% em fevereiro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Essa é a maior taxa para o mês em 22 anos, quando chegou a 1,57%. No acumulado de 12 meses, a inflação alcançou 5,06%, acima dos 4,56% registrados em janeiro.
O setor de habitação exerceu a maior pressão sobre o índice, impulsionado pelo aumento de 16,80% na energia elétrica residencial, que impactou o IPCA em 0,56 ponto percentual (p.p.). Esse avanço está relacionado ao fim do Bônus de Itaipu, que concedeu descontos na conta de luz em janeiro.
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Outros setores também contribuíram para a alta, como educação, que teve reajuste de 4,70% nas mensalidades escolares, com destaque para os ensinos fundamental (7,51%), médio (7,27%) e pré-escolar (7,02%). Já o grupo de alimentação e bebidas subiu 0,70%, puxado pelo aumento no preço dos ovos (15,39%) e do café moído (10,77%).
No setor de transportes, a inflação foi de 0,61%, influenciada pelo aumento de 2,89% nos combustíveis, com destaque para o óleo diesel (4,35%), etanol (3,62%) e gasolina (2,78%). A gasolina, devido ao seu peso no cálculo do índice, exerceu o segundo maior impacto individual, com 0,14 p.p.
Diante da aceleração da inflação, o Banco Central segue monitorando a necessidade de ajustes na taxa básica de juros (Selic), atualmente em 13,25% ao ano. A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) está marcada para os dias 18 e 19 de março. O Governo Federal também anunciou medidas para conter a alta dos preços, como a isenção da alíquota de importação para carne, café, milho, óleos e açúcar, mas associações de produtores afirmam que a medida tem efeito limitado devido à falta de fornecedores competitivos.
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