Educação

Humor como esperança em tempos de tristeza

Como sorrir diante de tanta coisa difícil que estamos passando com a pandemia? Empatia, acolhimento e rir de si mesmo nas pequenas besteiras do dia a dia podem ser os primeiros passos


10/08/2020 20h57

Um ano triste, tristíssimo, para humanidade. Aqui no Brasil já ultrapassamos a marca dos 100 mil mortos vítimas da COVID-19. Como seguir em frente e ainda ter um pouco de alegria na rotina? É possível? Pesquisas comprovam que bom humor faz bem à saúde, mas como garantir o alto-astral com tanta coisa ruim em volta?

As apresentadoras Mariana Kotscho e Roberta Manreza mediaram uma conversa muito bacana com três mestres do humor: Wellington Nogueira, empreendedor social, palhaço e fundador da ONG Doutores da Alegria, e as atrizes Grace Gianoukas e Marianna Armellini.

“Historicamente a comédia sempre foi salvação em tempos de guerra. Apesar de toda a dor, se não tivermos um olhar otimista para seguir em frente e rir da gente mesmo, a gente não aguenta”, diz Grace, que é também criadora do Terça Insana, projeto de humor que teve início em 2001. “Reconheço o caos que estamos vivendo todos os dias, mas olhar pra você e agradecer por mais um dia já é muita coisa”, acrescenta.

Para Marianna Armellini o papel do comediante é achar dentro dessa desgraça os momentos em que a gente se sente ridículo: “Tipo limpar a pata do cachorro com lencinho, passar álcool no pote de álcool, limpar o chão cinco vezes por dia... (risos). Ir descobrindo cenas ‘risíveis’ do cotidiano”, conta a atriz, que confessa que nesses cinco meses de isolamento já passou por todas as fases do momento “alucinação” em que vivemos.

“O humor traz o nosso melhor, a capacidade de rir de si mesmo”, diz Wellington, que tem uma vasta experiência na missão de fazer sorrir crianças internadas em hospitais. Os três humoristas que participaram da live concordam que é sempre preciso se colocar no lugar do outro para entender os limites do brincar e que tem coisa que não é piada. “Esbarrar na falta de empatia e humanidade, não”, afirma Marianna. “Não se nega a doença, nem uma história triste, mas é possível se conectar com a capacidade de brincar daquela pessoa. Brincar é uma coisa que se faz junto”, completa Wellington.

A entrevista na íntegra você encontra no canal do YouTube da TV Cultura. Na próxima segunda, 17, às 16h, tem um encontro especial com a cantora Teresa Cristina, que virou a rainha das lives nessa quarentena.

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