Confira o que os candidatos ao Governo de SP falaram sobre transporte e mobilidade
Por mais de duas horas, os candidatos fizeram perguntas uns para os outros e também responderam questionamentos de jornalistas
14/09/2022 11h20
A TV Cultura, em pool com o portal UOL e o jornal Folha de S. Paulo, realizou o debate entre os candidatos ao Governo do Estado de São Paulo nessa terça-feira (13). O evento contou com as presenças de Fernando Haddad (PT), Rodrigo Garcia (PSDB), Tarcísio de Freitas (Republicanos), Vinícius Poit (Novo) e Elvis Cezar (PDT). Durante o debate, cada candidato foi submetido a perguntas sobre assuntos de relevância à sociedade. Por isso, o site da TV Cultura separou um compilado do que cada candidato falou sobre o transporte e mobilidade em São Paulo.
Rodrigo Garcia: O primeiro candidato a ser questionado sobre o assunto. A jornalista e mediadora, Fabíola Cidral, do UOL, perguntou a Garcia qual era a dificuldade em ampliar o sistema do metrô de São Paulo, visto que, cidades do mesmo porte que a capital paulista em outros lugares do mundo possuem uma quilometragem de linhas muito maior.
O candidato do PSDB iniciou ressaltando a importância do metrô em uma megalópole como São Paulo e disse que, no momento, a cidade está com 35 quilômetros de linhas em obras.
“São Paulo, nos últimos 20 anos, praticamente dobrou o número de quilômetros de metrô e, nesse momento, nós temos 35 quilômetros em obras. A Linha 6 do Metrô, que é a maior obra da América Latina, com nove mil funcionários trabalhando, ligando ali a Brasilândia até o Centro da cidade; a Linha 2, que é a segunda grande obra, são oito quilômetros de metrô, da Vila Prudente até a Penha; a Linha 15, que vai lá da Anhaia Melo, na Zona Leste; a Linha 17 ali da Roberto Marinho; e a Linha 9 aqui da Marginal Pinheiros sentido Zona Sul. É o maior conjunto de obras da história do Metrô de São Paulo, feitos com recursos do Estado. Nós não tivemos, infelizmente, ajuda do Governo Federal ao longo desses anos, e foi o dinheiro do contribuinte paulista que dobrou o número de quilômetros do metrô e que hoje faz 35 quilômetros de linhas em São Paulo”, explicou.
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Elvis Cezar: No momento em que os candidatos faziam perguntas entre si, Garcia questionou o pedetista, Elvis Cezar, sobre os projetos de infraestrutura do candidato para São Paulo. Cezar critica o trabalho do PSDB nos últimos anos.
“Em São Paulo, estamos construindo o metrô em velocidade de tartaruga. Quando o governador fala de 32 quilômetros de metrô, é o maior atraso da história. Todo país subdesenvolvido tem metrô mais rápido do que São Paulo.(…) O que precisamos é tirar projetos do papel”, criticou. .
Em seu momento de tréplica, o candidato do PDT criticou os valores cobrados pelos pedágios e disse que, caso seja eleito, irá revisar cada pedágio de São Paulo.
“Eu vou auditar todas as praças de pedágio. São Paulo está cercado por pedágio. O agro está cercado por pedágios. O ABC é cercado por pedágios. A região Oeste, Piracicaba, Bauru, toda São Paulo, nós não aguentamos mais esse valor absurdo”, concluiu.
Em outro momento, questionado por Fernando Haddad (PT), Elvis Cezar disse que seu plano “é começar fazendo não somente a extensão das linhas do metrô, mas nós precisamos fazer as linhas radiais, que nunca foram feitas”.
No segundo bloco, a jornalista Mariana Zylberkan, da Folha de São Paulo, perguntou a Elvis Cezar qual parte do orçamento seria comprometido para que a proposta de reduzir o valor dos pedágios pudesse vigorar.
“O pedágio são travas que impedem o crescimento. Há 30 anos, era muito importante ter os pedágios, porque nossas rodovias estavam precarizadas. Agora não, agora o investimento precisa vir, e redução do valor do preço. Nós temos condições, sim, de baixar o pedágio, estimular a economia, gerar empregos, acabar com a desindustrialização”.
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Tarcísio de Freitas: Ainda no segundo bloco, o candidato Tarcísio de Freitas (Republicanos) reforçou a importância do andamento das obras do metrô em São Paulo. “O fato é que São Paulo precisa andar mais rápido. São Paulo precisa ver a Linha 2 do metrô chegando lá, realmente, em Guarulhos. São Paulo precisa ver a Linha 15 chegando em Cidade Tiradentes. Precisa ver a Linha 4 chegando em Taboão, chegando em Cotia. Precisa ver a Linha 6 chegando lá na Brasilândia. Precisa ver o metrô saindo do papel e chegando no ABC Paulista, chegando em São Bernardo”.
Fernando Haddad: No terceiro bloco, Fabio Zanini, jornalista da Folha de S.Paulo, perguntou a Fernando Haddad sobre a tarifa de ônibus e o metrô do Estado, que desde 2020 não sofre reajuste no valor das tarifas. O candidato disse que o passe livre de idoso irá voltar e que outras gratuidades também serão aumentadas.
“O metrô é da alçada Estadual. Nós temos um problema grave que é a queda no número de passageiros. Com a pandemia, muita gente migrou para o carro e continua no carro. Nós vamos ter que fazer uma grande campanha para fazer as pessoas voltar a usar o transporte público. A queda é entre 25% a 30%. Nós vamos fazer o bilhete único metropolitano
“Nós vamos estabelecer o que foi tomado, porque fomos eu e o Alckmin que estabelecemos a gratuidade a partir dos 60 anos, medida que foi revogada pelo João Doria e o pelo Rodrigo Garcia. Nós vamos voltar com o passe livre do idoso e ampliar as gratuidades. Além disso, vamos fazer o Bilhete Único Metropolitano, porque não é justo que quem mora, por exemplo, em Santana do Parnaíba seja obrigado a pagar duas ou três passagens para trabalhar na capital”, concluiu.
Vinicius Poit: O candidato não abordou o tema durante o debate.
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