Presidente do TCU diz que relatório do PL sobre sistema eleitoral é “mentira”
O partido questionou a segurança das urnas eletrônicas
30/09/2022 17h30
O presidente em exercício do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, falou nesta sexta-feira (30) sobre o relatório do PL, (Partido Liberal), sigla do presidente Jair Bolsonaro, em relação à segurança das urnas eletrônicas.
Dantas classificou o relatório como "uma mentira que descamba para a má-fé". O material aponta que o Tribunal encontrou vulnerabilidades nos sistemas de votação por urnas eletrônicas.
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"Pegar esse relatório de autoavaliação pra dizer que o TCU afirmou que o TSE não está aderente às normas internacionais, além de ser uma mentira, descamba para má-fé", afirmou o ministro.
Na última quarta-feira (28), em nota divulgada à imprensa, o vice-presidente do PL, Capitão Augusto, afirmou que há falhas no TSE que podem afetar o resultado das eleições, segundo uma auditoria realizada pelo próprio partido.
O TSE desmentiu as alegações na mesma noite, reiterando que “as conclusões do documento são falsas e mentirosas, sem nenhum amparo na realidade”. Agora, Moraes pediu o envio das notas fiscais do instituto que realizou tal auditoria.
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, estabeleceu o prazo de 48 horas, na quinta (29), para o Partido envie as notas fiscais do contrato com o instituto que elaborou o documento que apontou falhas nas urnas.
A sigla pagou, em 29 de julho passado, ao menos R$ 225 mil ao Fundo Partidário ao Instituto Voto Legal (IVL). A empresa produziu o relatório.
Segundo Dantas: "A nota retrata a opinião de alguém que foi contratado para conduzir um estudo. Essa pessoa precisa responder quais critérios que foram utilizados. O que eu posso dizer é que, naquilo que foi buscado informação nos relatórios do TCU, houve uma tentativa de confundir o público. Pegou-se um relatório de autoavaliação que o Tribunal de Contas da União abria a centenas de instituições públicas para aferir não a confiabilidade da urna eletrônica, porque é o mesmo questionário distribuído desde o Incra até o Ibama, passando pelo TSE".
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