Após defender a retirada das câmeras das fardas dos policiais militares de São Paulo, o candidato Tarcísio de Freitas (Republicanos) recuou e afirmou que, caso for eleito, irá reavaliar a política junto com especialistas.
"Eu considero que hoje a câmera inibe o policial, acho que ela tem atrapalhado a produtividade, mas isso é uma percepção. O que a gente vai fazer caso seja eleito? Chamar as forças de segurança e avaliar do ponto de vista técnico a efetividade ou não e o aperfeiçoamento da política pública", explicou.
A declaração foi dada durante a Solenidade de 52 anos da ROTA (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), evento que aconteceu nesta sexta-feira (14).
O ex-ministro disse que as bodycams são instrumentos que atrapalham o serviço policial, porém, admite que essa é uma visão pessoal sobre o assunto.
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"Não existe política pública que não possa ser reanalisada, que não possa sofrer melhorias. Se fizermos a reavaliação e vê que isso está atrapalhando de maneira importante a produtividade, vamos retirar. Mas isso é uma coisa que a gente vai discutir em conjunto com especialistas", concluiu.
Por mais de uma vez, Tarcísio disse que iria tirar o equipamento dos policiais e essa é uma política que “joga contra” os agentes de segurança. Uma das falas foi durante sua participação no Roda Viva, ainda durante o período de pré-campanha eleitoral.
“Eu vejo a câmera como um voto de desconfiança para o agente de segurança pública, a pessoa que está vestindo uma farda para nos defender. […] Vou reavaliar a política, porque não vejo a câmera com bons olhos”, disse.
Dados sobre as câmeras
Reportagem publicada no mês de julho pelo Portal UOL revelou que as mortes cometidas por policiais militares caíram em 19 dos 131 batalhões do estado de São Paulo um ano depois que as ações de seus agentes começaram a ser filmadas.
Além disso, as câmeras também diminuíram a morte de policiais, aumentando a proteção da tropa.
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