Composição do STF: Lula diz que mudança é “um atraso” e Bolsonaro se compromete a manter modelo
Candidatos à Presidência respondem sobre a independência dos Poderes
16/10/2022 21h42
Neste domingo (16), a TV Cultura, Band, UOL e Folha de S.Paulo se unem e formam um pool para realizar o primeiro debate presidencial do segundo turno das Eleições 2022. Jair Bolsonaro (PL), presidente e candidato à reeleição, e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participam.
A jornalista Vera Magalhães abre o segundo bloco perguntando aos candidatos sobre a relação do Executivo com outros poderes. A apresentadora do Roda Viva lembra que a independência dos poderes está prevista na Constituição.
Nas últimas semanas, a discussão sobre a mudança na composição no Supremo Tribunal Federal (STF) ganhou força na campanha de Bolsonaro. O mandatário disse em um podcast que, caso fosse reeleito, iria avaliar o aumento do número de ministros na Corte.
A jornalista pergunta a opinião dos dois sobre o tema e se eles se comprometem, em caso de eleição, a manter a independência dos poderes.
Lula:
“Nós já tivemos uma experiência na ditadura militar de mudar a composição da Suprema Corte, mudou de 11 para 17. Não é prudente. Não é democrático um Presidente da República querer ter o ministro da Suprema Corte. Você não indica um ministro do STF para ele votar favorável a você. O ministro da Corte tem que ter currículo. Eu tenho orgulho dos ministros que eu indiquei, foram pessoas que tiveram postura e dignidade. Tentar mexer no STF para colocar um amigo é um atraso para a república brasileira. Eu sou contra,
Bolsonaro:
"Da minha parte está feito o compromisso, não terá nenhuma proposta. Nunca estudei com profundidade. No momento, o PT tem 7 ministros indicados ao STF, eu tenho 2. Caso eu seja reeleito, eu teria mais 2, eu teria 4, o PT ficaria com 5, está feito o equilíbrio”, responde Bolsonaro.
Assista ao trecho completo:
Para chegar ao STF, o presidente precisa indicar um ministro, a partir da indicação, o nome é sabatinado no Senado Federal, que aceita ou não a nomeação.
Assista ao debate completo:
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