O primeiro debate direto entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Messias Bolsonaro (PL) para o segundo turno à Presidência da República aconteceu na noite desse domingo (16). O candidato do PT usou um broche em homenagem à Campanha Nacional de Mobilização de Combate à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes.
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O símbolo da campanha é uma flor amarela, a mesma usada por Lula. O slogan da campanha é "Faça bonito, proteja nossas crianças e adolescentes".
O ex-presidente decidiu usar o adereço após viralizar um vídeo com uma entrevista de Bolsonaro a um podcast na sexta-feira (14). O presidente falava sobre a vinda de venezuelanos ao Brasil quando narrou um encontro com meninas entre 14 e 15 anos durante um passeio de moto nos arredores de Brasília.
Na ocasião, Bolsonaro se referiu a um encontro com venezuelanas e disse que havia adolescentes "arrumadas para ganhar a vida", insinuando prostituição infantil. Também disse que "pintou um clima" e decidiu parar no local.
Uma das mulheres presentes no dia em questão rebateu as declarações e esclareceu o ocorrido.“Esse dia foi uma ação que acontecia na casa. Uma brasileira que fazia curso de estética vinha até aqui para fazer a prática do que estava aprendendo, de corte de cabelo, design de sobrancelha. Então, nós reunimos um grupo de mulheres e era isso o que acontecia naquele dia”, esclareceu.
Lula mencionou o caso ao chegar no debate. "Ele agiu com muita má-fé com aquela menina. Ele, no cargo de presidente, deveria respeitar muito. É a molecagem que é feita sempre que ele pode. Ele é assim, parece que nasceu assim e vai terminar a vida assim, zombando de coisas sérias”.
A primeira-dama Michelle defendeu o marido durante um evento em Sergipe há alguns dias, onde esteve em companhia da ex-ministra da Mulher e dos Direitos Humanos Damares Alves e declarou que ele tem “mania” de falar “se pintar um clima”. “Em tudo ele fala ‘se pintar um clima’. Vamo lá Bolsonaro jogar? Se pintar um clima, eu jogo com vocês [..] em tudo ele tem essa mania de falar se pintar um clima. Aí, agora, falam que meu marido é pedófilo”.
Ao chegar no debate, Bolsonaro afirmou que passou por uma "acusação sórdida e infame". Após toda a repercussão, o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) barrou a campanha petista de utilizar a fala em propagandas eleitorais.
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