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Montagem / TV Cultura
Montagem / TV Cultura

Os candidatos ao Governo de São Paulo Fernando Haddad (PT) e Tarcísio de Freitas (Republicanos) participaram do último debate antes do segundo turno promovido pela Rede Globo nesta quinta-feira (27). Durante todo o debate, os candidatos discutiram assuntos como salário mínimo, merenda escolar, outros temas e também trocaram acusações.

Haddad criticou a atitude da equipe de Tarcísio ao pedir para o cinegrafista presente no tiroteio em Paraisópolis apagar as imagens.

"Se você tem uma imagem que você acha que pode colocar em risco a vida de alguém para quem você leva? Você apaga ou leva para alguma autoridade policial? É a autoridade que decide manter ou não em sigilo aquela imagem. Esse procedimento que ele acabou de relatar é um absurdo", questionou.

Ao longo do debate, Tarcísio criticou mais de uma vez o programa “Braços Abertos na Cracolândia”, criado na gestão de Haddad como prefeito da capital, que dava trabalho e pagava um salário aos usuários de drogas.

"Você falou tanto em Google. Se a gente procurar no Google, a gente vai ver lá ‘Bolsa Crack’. Bolsa Crack foi o que resultou seu programa de combate à Cracolândia. No final das contas, você acabou dando um dinheiro que incentivou as pessoas a consumir mais drogas e talvez por isso você tenha fracassado na questão do enfrentamento da Cracolândia. Não percebeu a complexidade de aliar várias políticas públicas, entre elas a de habitação, porque ninguém está indo para a rua para consumir drogas, pessoas estão consumindo droga porque estão na rua", comentou.

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Haddad rebateu e disse que a única maneira de retomar os programas de habitação seria elegendo o ex-presidente Lula e questionou se o republicano irá votar no PT no domingo.

“Tarcísio, você falar de habitação, é uma covardia porque vocês acabaram com o 'Minha Casa, Minha Vida'. Como é que você vai fazer uma habitação sem 'Minha Casa, Minha Vida'? Você vai votar no Lula no domingo?"

Em seguida, o ex-prefeito de São Paulo voltou a criticar o fato de o governo federal ter acabado com o Minha Casa, “Minha Vida”.

"Vocês acabaram com o maior habitacional da história do Brasil. Você não tem um pouco de constrangimento de falar disso?", questionou o petista.

Haddad iniciou sua fala sobre temas federais e abordou a questão do salário mínimo.

O candidato do PT afirmou que propôs aumentar o salário mínimo paulista para R$1580. Tarcísio disse que também irá fazer o reajuste acima da inflação, cerca de R$1550, mas ressaltou que "economia não se resolve na canetada” e afirmou que quer promover mais empregos. O aliado de Lula voltou ao tema diversas vezes, visto que não houve reajuste do salário mínimo nacional durante o governo Bolsonaro. O salário mínimo atual é de R$ 1.212.

A discussão seguiu na temática nacional, trazendo a pandemia e as decisões do governo federal sobre a distribuição de equipamentos para os hospitais, como o caso do transporte do oxigênio para Manaus, que viveu um colapso durante a pandemia.

No início do segundo bloco, Tarcísio perguntou a Fernando Haddad qual seria a solução para o aumento de pessoas em situação de rua. O petista disse que o combate será feito “em conjunto com os prefeitos paulistas” e reforçou a necessidade de internação, quando for necessário.

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Em seguida, Haddad perguntou sobre a falta de médicos no Brasil e citou o congelamento dos valores da tabela do SUS. Tarcísio ironizou e disse que o adversário tem "fixação no governo federal" e pediu para ele "superar" e falar mais sobre São Paulo.

Já no final do bloco, os candidatos debateram sobre o investimento federal no estado. Haddad disse que a atual gestão "não botou um centavo no Metrô" de São Paulo e afirmou que irá estabelecer programas paralisados. Tarcísio discordou e citou investimentos do governo Bolsonaro em São Paulo.

O petista ainda mencionou sua proposta de criar o Bilhete Único Metropolitano e Tarcísio disse que apoia o projeto. O republicano disse que pretende retomar as linhas ferroviárias e que fará o trem intercidades.

No último bloco, Haddad entrou no assunto da violência contra a mulher e perguntou ao republicano quais eram as propostas do candidato para o tema. O ex-ministro da Infraestrutura afirmou que será “implacável” contra a violência de gênero e que criará a Secretaria Especial da Mulher. Além disso, prometeu criar espaços para acolher vítimas de violência. O candidato do PT disse que mulher vítima de violência hoje passa por via sacra para ser atendida e prometeu unir os serviços em um mesmo lugar.