“Derrotamos o autoritarismo e o fascismo” diz Lula para multidão na Avenida Paulista
No discurso, ele estava ao lado de Geraldo Alckmin (PSB) e de Simone Tebet (MDB)
31/10/2022 10h45
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez seu segundo discurso após a confirmação da vitória na Avenida Paulista, em São Paulo, na noite desse domingo (30). Ele afirmou que “foi a campanha mais difícil” de sua vida e que vai governar para todos os brasileiros, e não só para os que votaram nele. Para o presidente eleito, "não existem dois Brasis".
Leia também: “Vamos encontrar uma saída para que esse país volte a viver democraticamente”, diz Lula em 1º discurso
Leia mais: Imprensa estrangeira repercute vitória de Lula: "promessa de defender a democracia"
"Meus amigos e minhas amigas. A partir de 1º de janeiro de 2023, vou governar para 215 milhões de brasileiros e brasileiras, e não apenas para aqueles que votaram em mim. Não existem dois Brasis, somos um único país, um único povo, uma grande nação", afirmou Lula.
A vitória do petista foi confirmada quando havia 98% das urnas apuradas. Àquela altura, ele tinha 50,83% dos votos válidos e não poderia mais ser alcançado por Jair Bolsonaro (PL), que contabilizava 49,17%.
No discurso, ele estava ao lado de aliados, como o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), e a senadora e terceira colocada no primeiro turno, Simone Tebet (MDB).
"Estou aqui para governar esse país numa situação muito difícil. Mas tenho fé que com a ajuda do povo, nós vamos encontrar uma saída para que esse país volte a viver democraticamente, harmonicamente. E a gente possa, inclusive, restabelecer a paz entre as famílias, os divergentes, para que a gente possa construir o mundo que nós precisamos, e o Brasil", completou.
Lula ressalta ainda que o ódio foi propagado de forma criminosa no Brasil e não interessa ninguém viver em um país em estado de guerra.
"Não interessa a ninguém viver numa família onde reina a discórdia. É hora de reunir de novo as famílias, refazer os laços de amizade rompidos pela propagação criminosa do ódio. A ninguém interessa viver em um país dividido, em permanente estado de guerra", argumentou.
"É hora de baixar as armas, que jamais deveriam ter sido empunhadas. Armas matam. E nós escolhemos a vida", declarou.
No discurso, Lula afirmou que o combate à fome e à miséria é o "compromisso mais urgente" do governo petista.
"Nosso compromisso mais urgente é acabar outra vez com a fome. Não podemos aceitar como normal que milhões de homens, mulheres e crianças neste país não tenham o que comer, ou que consumam menos calorias e proteínas do que o necessário", disse Lula.
REDES SOCIAIS