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Marcelo Camargo/Agência Brasil
Marcelo Camargo/Agência Brasil

As eleições municipais de 2024 registram um crescimento significativo no número de municípios brasileiros com apenas um candidato a prefeito. Segundo um estudo da Confederação Nacional de Municípios (CNM), 214 cidades em todo o país, que representam 4% do total, terão uma candidatura única.

Este número é o dobro do registrado em 2020, quando 107 municípios estavam nessa situação, apesar de o total de candidaturas ter sido maior, com 19.379 pessoas concorrendo à prefeitura.

Este aumento é o mais expressivo do século, tanto em termos proporcionais quanto absolutos. Em 2024, apenas 15.441 candidatos disputam as prefeituras em todo o Brasil, marcando a segunda eleição com menos candidatos desde o ano 2000, quando 15.155 pessoas se lançaram na disputa eleitoral.

Naquela ocasião, 137 cidades tiveram apenas um candidato, e a tendência de candidaturas únicas vem oscilando ao longo dos anos, refletindo um cenário de crescente desinteresse e dificuldades na política local, especialmente em pequenas cidades.

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O Rio Grande do Sul é o estado com o maior número de municípios nessa situação, com 43 candidaturas únicas, seguido por Minas Gerais, com 41, e São Paulo, com 26. Esses números destacam uma concentração geográfica das candidaturas únicas no Sul e Sudeste do Brasil, embora estados como Goiás (20), Paraná (18) e Piauí (11) também apresentem números significativos. Por outro lado, Acre, Amazonas, Amapá, Bahia, Espírito Santo e Roraima não têm nenhum município com um único candidato registrado.

De acordo com o Código Eleitoral, o candidato precisa de apenas um voto válido para ser eleito. Embora seja altamente improvável, existe a possibilidade de que o candidato não receba nenhum voto, o que exigiria a realização de uma nova eleição. Nesse cenário, o presidente da Câmara Municipal assumiria a prefeitura temporariamente.

A CNM aponta que o aumento das candidaturas únicas reflete as dificuldades enfrentadas por aqueles que se dispõem a concorrer em cidades pequenas.

Paulo Ziulkoski, presidente da CNM, sugere que, além da falta de recursos financeiros e apoio técnico, as complicações burocráticas e entraves jurídicos tornam a vida pública particularmente difícil, desestimulando novos candidatos.

A queda no número total de candidaturas a prefeito, que passou de 19.379 em 2020 para 15.441 em 2024, representa uma redução de 20,3%.

O estudo da CNM ressalta que o número de candidaturas únicas ainda pode sofrer alterações à medida que novos registros sejam incluídos na base de dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas o cenário atual já evidencia uma mudança significativa na dinâmica das eleições municipais no Brasil.

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