Marçal usou réu com o mesmo nome de Boulos para insinuar uso de cocaína por parte do adversário, diz jornal
Candidato do PSOL classificou a suposta estratégia do influenciador e empresário como "fake news vergonhosa"
28/08/2024 16h16
De acordo com uma reportagem do jornal Folha de S. Paulo publicada nesta segunda-feira (28), as acusações do candidato à prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB) de que o adversário Guilherme Boulos (PSOL) seria usuário de cocaína se baseiam em um processo judicial direcionado a outra pessoa com o mesmo nome do deputado.
Segundo o jornal, que obteve o documento, Guilherme Bardauil Boulos, empresário candidato ao cargo de vereador da capital paulista pelo Solidariedade nas eleições deste ano, figurou como réu em um processo sobre posse de drogas em 2001.
Leia também: Quaest: Boulos tem 22%, Marçal, 19% e Nunes, 19%
O candidato à prefeitura de São Paulo pelo PSOL se chama Guilherme Castro Boulos.
Em suas redes sociais, o deputado federal publicou um vídeo classificando a suposta estratégia de Marçal como “fake news vergonhosa”.
“Existe um outro cidadão chamado Guilherme Barduil Boulos, que inclusive é candidato a vereador na chapa do Ricardo Nunes. Não tem nada a ver com a gente. Esse cara chegou a ser preso por porte de droga. O que o Marçal queria fazer? Associar duas pessoas diferentes (...) eu desafiei ele no Roda Viva a mostrar a prova que ele disse que tinha, e que não teria, porque inventou uma fake news, e ele disse que mostraria no debate da Globo, porque? Porque o debate da Globo seria o último, a dois dias de eleição, então ele jogaria a mentira do ar, geraria confusão e não daria tempo das pessoas desmentirem”, declarou.
Desde o começo da campanha, Marçal tem insinuado que teria um documento que provava que Guilherme Boulos seria usuário de cocaína. Até o momento, o candidato do PRTB não chegou a apresentar nenhuma prova.
À Folha, Guilherme Bardauil Boulos disse que o incidente aconteceu quando ele tinha 21 anos e que foi um ato imprudente na época da faculdade. Ele ressaltou que o caso envolveu a posse de maconha e não cocaína.
Até o momento, a campanha de Pablo Marçal não se pronunciou sobre o caso.
Leia também: Eleições 2024: TSE registra uma denúncia de propaganda irregular por minuto
REDES SOCIAIS