Quase 20 mil eleitores anularam o voto no segundo turno das eleições para prefeito de São Paulo ao digitar o número do PRTB, partido do candidato Pablo Marçal, que não estava mais na disputa.
Esses votos, direcionados ao número 28, somaram exatamente 19.561 e contribuíram para o total de 430.746 votos nulos na fase final da eleição, na qual Ricardo Nunes (MDB) foi reeleito com 59,35% dos votos, mantendo uma vantagem de 1.069.209 votos sobre seu adversário, Guilherme Boulos (PSOL). No primeiro turno, Marçal havia recebido mais de 1,7 milhão de votos, mas não avançou para o segundo turno.
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Além dos votos anulados em favor do PRTB, cerca de 16 mil eleitores digitaram o número do PSDB, partido de José Luiz Datena, que também não foi para o segundo turno.
Outras anulações ocorreram entre apoiadores de partidos como PT e PL, que somaram mais de 20 mil votos nulos. No caso do PL, o número 22, associado ao ex-presidente Jair Bolsonaro e ao vice-prefeito eleito Coronel Mello Araújo, foi digitado 8.226 vezes. O PT, que teve Marta Suplicy como vice na chapa de Boulos, registrou 13.011 votos nulos no segundo turno com o número 13. No primeiro turno, esse número havia sido digitado 48.131 vezes para prefeito, também anulando votos.
Apesar do volume expressivo de votos nulos, a quantidade não foi suficiente para alterar o resultado da eleição, que consolidou a vitória de Nunes com ampla margem sobre Boulos, candidato apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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