O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira (26) que vai tomar a Groenlândia. A declaração ocorreu um dia antes da visita à ilha por uma comitiva norte-americana, que ficará no local de quinta-feira (27) a sábado (29).
“Nós precisamos da Groenlândia para a segurança internacional. É algo que precisamos, principalmente com o mundo do jeito que está. E nós teremos que tê-la. Odeio colocar desta maneira, mas precisamos tê-la”, disse Trump ao podcast Daily Caller.
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O vice-presidente dos EUA, J. D. Vance, acompanhará uma delegação na visita à base espacial americana, Pittufik, localizada no noroeste da Groenlândia. A comitiva também conta com o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Mike Waltz – envolvido no escândalo do vazamento de planos de guerra dos EUA pelo Signal – , e o secretário de Energia, Chris Wright.
Em publicação no X, o vice afirmou que estava ansioso para visitar a ilha, administrada pela Dinamarca, e acrescentou que “ignoraram a Groenlândia por tempo demais”. Vance também comentou de países que ameaçaram usar os territórios e seus canais para aterrorizar sua população, os Estados Unidos e o Canadá.
“Nós achamos importante proteger a segurança do mundo inteiro; achamos que conseguimos colocar as coisas em uma direção diferente, então eu vou lá dar uma olhada”, disse o político.
Looking forward to visiting Greenland on Friday!🇺🇸 pic.twitter.com/p3HslD3hhP
— JD Vance (@JDVance) March 25, 2025
O primeiro-ministro interino da Groenlândia, Mute Egede, declarou em post no Facebook, que “nossa integridade e nossa democracia devem ser respeitadas sem qualquer interferência estrangeira".
Desde 1950, os EUA mantêm presença na base de Pittufik, vital para o sistema de defesa antimísseis do país. Um acordo da época entre Estados Unidos e Dinamarca garante aos estadunidenses o direito de operar bases militares no local, contanto que as autoridades dinamarquesas e groenlandesas estejam informadas.
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