Ex-DJ do Manos e Minas, Erick Jay coleciona premiações e indicações internacionais

Dia 9 de março é comemorado o Dia Mundial do DJ. A profissão cresceu e evoluiu em estilos, gêneros e praticantes. Do eletrônico ao hip hop, das controladoras aos toca-discos, de nomes mundialmente conhecidos à "tocadores de quarto", o DJ se consolidou e é importante para levar informação musical e espalhar novos hits pelo mundo.

Na América do Sul, o DJ Erick Jay se destaca em competições e eventos internacionais desde 2009 e já conquistou o DMC World 2016 (Londres), o IDA World 2016 (Polônia) e o DMC Online 2019, além de pódios e participações em eventos importantes em diversos países.

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Além das competições, Erick viajava pelo Brasil e pelo mundo para tocar, ministrar workshops ou ser jurado de outros eventos. O DJ já se apresentou em países como Irlanda, Reino Unido, Estados Unidos, Austrália e Nova Zelândia.

Em 2008, Erick assumiu o posto de DJ residente do Manos e Minas, programa exibido na TV Cultura dedicado ao hip hop, onde ficou até 2019. "A TV Cultura foi minha segunda casa durante 10 anos. Graças à arte dos toca-discos, fui convidado para ser o DJ oficial do maior programa de TV sobre a cultura hip hop da América do Sul e um dos maiores do mundo. Foi uma experiência fantástica! Conheci muitos cantores, artistas e produtores. O programa me deu muita visibilidade", conta em entrevista ao site da TV Cultura.

Recentemente, Erick participou pela segunda vez do campeonato nova-iorquino Goldie Awards, realizado de forma remota e online devido a pandemia do coronavírus, através do canal do Youtube do evento. 

Um DJ na pandemia

Erick Jay teve que treinar e gravar o vídeo para o campeonato com um mixer emprestado, porque precisou vender parte de seu equipamento devido à crise econômica que o período de quarentena trouxe. “Eu tive que pegar um mixer emprestado porque me desfiz do meu para acertar algumas contas que estavam atrasadas. Minha família depende de mim! Graças aos meus amigos, consegui um mixer para treinar e competir", conta.

O DJ explica que a pandemia está sendo muito ruim. "Não só para mim, mas para todos os DJs, todos os artistas e pessoas que vivem da arte. Nunca passamos por algo assim, que nos privasse de trabalhar por tanto tempo. Estou me reinventando, fazendo algumas lives, algumas remuneradas, outras não, e programas e trilhas para rádio", conta. Ele complementa acentuando que o esforço é "para tentar, de alguma forma, levar musicalidade para as pessoas".

Erick também é DJ oficial dos rappers Kamau e Black Alien. Já trabalhou com Sandália de Prata, Dexter, MV Bill e outros nomes. O que lhe rendeu prêmios e indicações como, por exemplo, a indicação ao prêmio Global Spin Awards (espécie de Grammy para DJs) na categoria South América 2012, que ocorreu em Nova York.

No Brasil, recebeu o 1° Prêmio pelo Incentivo Cultura Hip Hop 2016, na categoria de Melhor DJ, Prêmio Singela Homenagem, Prêmio Rap é Compromisso e, mais recentemente, uma homenagem especial da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo pelo Dia Internacional de DJ.

Sobre a situação atual, Erick diz que não foi o único profissional a ter que vender equipamentos: "vejo vários DJs na mesma situação, porque a fase está complicada. E está complicada para todo mundo: promoters, a galera que trabalha no bar a noite e tem várias casas fechando. Não está fácil". Entretanto, o DJ permanece otimista e vê saída em meio a tanta turbulência. "Acredito que vamos sair dessa. Ainda não temos previsão, mas temos que sair dessa", afirma. 

Confira alguns momentos do DJ Erick Jay na TV Cultura: