Livrarias especializadas em literatura negra, periférica e feminista se espalham por todo o país. Elas acabam se tornando refúgio de quem deseja se ver representado no universo literário, mas não encontra respaldo em grandes redes.
A LiteraRUA é uma delas. "A gente é uma editora com ideologia, voltada para o público preto, pobre, favelado, periférico e essa literatura nossa. A gente não trabalha meramente com dinheiro. A gente tem a missão de contar a história do nosso povo", diz o escritor Toni C.
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Segundo a proprietária Ketty Valêncio, o projeto traz uma ação transformadora. "Eu me vejo nas pessoas que comprar os livros, e vice-versa", conta.
Toni C aponta para a importância do hip hop em sua trajetória de vida. "Foi o hip hop que me apresentou a literatura. A literatura que eu aprendi na escola era uma coisa chata. Foi o rap que falou: 'abre um livro e vai se informar'". Valêncio reitera a relevância da vertente cultural: "O hip hop e a literatura são praticamente a mesma coisa. É o primeiro movimento que me traz a minha humanidade", afirma.
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Assista à reportagem do Estação Livre:
Assista à íntegra do Estação Livre sobre literatura:
O programa é parte da nova grade de jornalismo da TV Cultura. A emissora, que já tinha em sua programação o Roda Viva e o #Provoca, às segundas e terças-feiras, no início de 2021 lançou os programas Manhattan Connection e Linhas Cruzadas, às quartas e quintas-feiras, e agora, completa a faixa semanal das 22h, com o Estação Livre.
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