Ellie Kemper, de 'The Office', se desculpa por foto antiga em baile considerado racista
Em publicação no Instagram, atriz citou o passado "inquestionavelmente racista, sexista e elitista" de organização responsável pelo evento do qual participou em 1999
07/06/2021 18h11
A atriz Ellie Kemper, conhecida pelas séries The Office e Unbreakable Kimmy Schmidt, pediu desculpas nesta segunda (7) por ter participado de um baile considerado racista em 1999. Fotos que mostravam a atriz como a "Rainha do Amor e Beleza" em um concurso do grupo Veiled Prophet Organization (VPO) viralizaram na última semana e levaram o nome de Kemper aos assuntos mais comentados das redes sociais.
"Oi, pessoal. Quando eu tinha 19 anos, decidi participar de um baile de debutante na minha cidade natal. A organização centenária responsável pela festa tinha um passado inquestionavelmente racista, sexista e elitista. Eu não sabia desse histórico na época, mas ignorância não é desculpa", escreveu Kemper no Instagram.
No comunicado, a atriz reforçou que não compactua com valores racistas e excludentes: "Eu rejeito e condeno de maneira inequívoca a supremacia branca. Ao mesmo tempo, reconheço que por causa da minha etnia e privilégio, sou beneficiada por um sistema que oferece justiça e recompensas desiguais".
"Quando você vira alvo de críticas na internet, há uma tentação natural de dizer para si mesmo que as pessoas estão erradas. Mas, na semana passada, percebi que as forças por trás das críticas eram as mesmas com as quais eu concordo e que apoio", prosseguiu. "Peço desculpas a quem decepcionei e prometo seguir ouvindo, me educando e usando meu privilégio em prol de uma sociedade melhor".
Veja a postagem:
A VPO foi fundada no estado americano do Missouri em 1878 por dois empresários e ex-soldados Confederados na Guerra Civil. Com um conhecido histórico de exclusão, a organização responsável pelo baile só passou a aceitar membros negros a partir de 1979, de acordo com a pesquisadora Kelsey Klotz, autora de artigos sobre a história do grupo.
Embora a organização não seja diretamente ligada à Ku Klux Klan, postagens nas redes sociais batizaram Kemper de "princesa da KKK" e "rainha da KKK" em meio à polêmica.
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