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Reprodução/Instagram @therollingstones
Reprodução/Instagram @therollingstones

O mundo da música está de luto. Nesta terça-feira (24) morreu Charlie Watts, baterista dos Rolling Stones desde 1963, aos 80 anos. A informação foi divulgada pela assessoria da própria banda, mas não foi revelada a causa.

Desde o início do dia, artistas e fãs estão prestando suas. homenagens ao músico e enaltecendo sua brilhante carreira. Para muitos, ele foi um dos maiores bateristas de todos os tempos e ajudou na explosão das banda nos anos 60.

Para homenagear a grande carreira desse músico, o site da TV Cultura relembra momentos marcantes de sua vida e carreira no mundo da música.

- Presente em todos os álbuns, mas não é fundador

Watts, junto com Mick Jagger e Keith Richards, está presente em todos os álbuns dos Rolling Stones. Um feito incrível se for levado em consideração a quantidade músicos que passaram pela banda.

Mas o fato curioso é que, mesmo participando de toda história dos Stones, ele não é um dos membros fundadores da banda. Antes da produção do primeiro álbum, intitulado como “The Rolling Stones”, em 1964, outros dois bateristas tinham passado pelo grupo.

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O primeiro baterista foi Mick Avory, ficou nos Stones apenas no primeiro ano que tocaram juntos. Pouco tempo depois, ele fundou o The Kinks e foi o baterista do grupo por 20 anos.

Quem substituiu Avory foi o baterista Tony Chapman, que tocou com os Stones entre 1963 e 1964. Também participou do início da banda e não chegou a ir para o estúdio com o restante do grupo.

- E se os Rolling Stones não dessem certo?

Com a proporção que os Rolling Stones ganharam, fica difícil de imaginar o que aconteceria se a banda não desse certo. Para Watts, o futuro poderia ser dentro de uma agência de publicidade.

Ele se formou na Escola de Arte Harrow e chegou a trabalhar como designer gráfico em uma agência. Por sorte, Watts tinha paixão pela música e se dedicou a virar música.

- Rock não era a primeira opção

Sua carreira musical começou em 1961, quando recebeu o convite de Alexis Korner para tocar no Blues Incorporated, uma banda de jazz. Ele aceitou a proposta e se apresentou em casas noturnas e pubs da Inglaterra.

Foi em uma dessas noites tocando bateria que conheceu Brian Jones, guitarrista dos Stones naquela época. Ele foi a ponte de Watts com a banda.

- Músico e designer da banda

Além de musical, Watts foi importante para o design da banda. Com seu conhecimento em produção de arte, ele participou da confecção da capa do álbum de 1967, “Behind the Buttons”.

Também foi fundamental para criar os projetos de palco, o que deixava os shows da banda muito imponentes e visualmente incríveis. Isso ficou cada vez mais importantes nas turnês de todas as bandas.

- O menos badalado

Com o passar dos anos, a banda foi ficando cada vez mais popular e atrair uma multidão de fãs. Watts seguiu um estilo diferente dos demais integrantes. Enquanto Jagger sempre viveu acompanhando de mulheres, ele ficou conhecido por se manter fiel a esposa.

Além disso, era o integrante do Rolling Stones que menos dava entrevista e menos aparecia na mídia.

- Drogas

Durante a década de 1980, Watts teve sérios problemas com o abuso de álcool e outras drogas, o que acabou resultando em um vício em heroína.

“Tudo o que eu sei é que me tornei outra pessoa por volta de 1983 e voltei a mim em 1986. Quase perdi minha esposa e todo o resto por causa do meu comportamento. Não era divertido conviver comigo, eu teria morrido. Quase não comia por dois meses, porque comecei a ganhar peso por causa da bebida”, disse Watts numa entrevista em 2000.

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O problema com as drogas teve consequências diretas no relacionamento dele com outros membros da banda. Um episódio famoso foi em Amsterdã, em 1984, quando Jagger, bêbado, teria acordado Watts berrando ao telefone: "onde está o meu baterista?”. Watts respondeu com uma visita ao quarto do vocalista: "nunca mais me chame de 'seu baterista', seu maldito cantor”, e depois deu soco nele.

Os dois ficaram praticamente dois anos sem se comunicar.

- Coleção de carros

O que um dos bateristas mais famosos do mundo faz com seu dinheiro? Watts colecionava carros antigos. Nunca foi revelado quantos ele tinha ou o valor investido ao longo dos anos. Mas alguns clássicos que vieram a público, como o Laginda Rapide, de 1937, modelo britânico teve 25 unidades produzidas, e o Citroën 2CV da primeira geração.

O mais curioso é que Watts nunca tirou habilitação e não sabia dirigir. Então, sua coleção ficava apenas em sua garagem.

- Luta contra o câncer

Não era de hoje que o baterista tinha problemas de saúde. Ele lutou contra um câncer na garganta em 2004. Mais recentemente, passou por um procedimento cirúrgico, fazendo ele se afastar da banda.

Ele já não ia participar da turnê “No Filter”, que inicialmente marcada para 2020, mas os shows foram reagendados para começar em 26 de setembro deste ano, em razão da Covid-19.