A escola de samba Colorado do Brás, segunda do Grupo Especial a ganhar a avenida do Anhembi nesta sexta-feira (22), fará uma homenagem a Carolina Maria de Jesus, escritora, mulher negra e favelada que deixou obras marcantes na literatura nacional. Já a Mocidade Alegre, a terceira escola do Grupo a entrar na avenida no sábado (23), falará sobre Clementina de Jesus, cantora brasileira que ajudou a popularizar o samba.
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Depois de dois anos, o Carnaval voltou, pelo menos para as escolas de samba, que retornaram com seus desfiles no Sambódromo do Anhembi. Com dois anos de preparação, as equipes puderam pensar e repensar seus enredos, buscando os temas que vão levantar a plateia e emocionar os jurados.
Carolina Maria de Jesus
Conhecida por sua obra"Quarto de Despejo" a escritora foi criada na favela. Com exposição recente no Instituto Moreira Salles (IMS), o peso de sua obra segue até hoje. O livro foi publicado em 1960, traduzido para diversas línguas, disponibilizado em 40 países e vendeu mais de um milhão de cópias. No livro, ela descreve sua vida e relatos de uma moradora da favela, além de escrever seu ponto de vista sobre política, música e seu esforço para vencer a fome e criar seus filhos.
Clementina de Jesus
Neta de escravizados, Clementina de Jesus nasceu no Rio de Janeiro em 1901 e conheceu muitos nomes marcantes da música na sua caminhada. Entre eles estão: Cartola, Caetano Veloso (que produziu seu disco em 1973), Milton Nascimento e Paulinho da Viola. Apesar de ter sido escolhida como musa do samba enredo da Mocidade Alegre deste ano, Clementina já foi destaque na Beija-Flor de Nilópolis e na Escola de Samba Lins Imperial.
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