Museu da Casa Brasileira e Casa Zalszupin celebram o centenário do designer Jorge Zalszupin
As exposições “Orgânico Sintético: Zalszupin 100 anos” acontecem, simultaneamente em ambos os espaços a partir desta sexta-feira (1º)
29/06/2022 17h53
A partir desta sexta-feira (1º), o Museu da Casa Brasileira - instituição gerida pela Fundação Padre Anchieta - e a Casa Zalszupin - administrada pela ETEL e pela galeria Almeida e Dale -, se unem para homenagear o centenário de nascimento do designer Jorge Zalszupin, um dos mais bem-sucedidos representantes da geração de arquitetos que atuou, entre os anos 1950 e 1980, de forma singular nos campos do design e da arquitetura brasileira.
As exposições “Orgânico Sintético: Zalszupin 100 anos” acontecem, simultaneamente, no Museu da Casa Brasileira, com curadoria do técnico do MCB Giancarlo Latorraca, e na Casa Zalszupin, com curadoria da CEO da ETEL, Lissa Carmona, e do professor Guilherme Wisnik, com patrocínio do Shopping Iguatemi e apoio da HautLab.
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O festival conta com itens inéditos do acervo de Zalszupin, aberto pela primeira vez pela ETEL, com apoio da museóloga Nathalia Reys, em parceria com a família do designer, que realizou profunda pesquisa sobre a obra de Jorge. A busca revelou trabalhos nunca antes divulgados, que demonstram sua importância e legado para arquitetura paulista que vai além do design, assim como itens pessoais, a exemplo de um livro de piadas ilustrado.
Para o segundo semestre, ainda está prevista a reedição do livro esgotado de Jorge Zalszupin, com conteúdo inédito sobre seu trabalho arquitetônico.
O MCB apresentará novos aspectos da obra de Zalszupin, ligados à alta produção industrial da empresa L'Atelier, os utensílios de plástico da série Eva e as séries de mobiliário planejado para escritórios. Será também revelado no MCB seu trabalho como arquiteto, mostrando alguns edifícios construídos na Av. Paulista, Centro de São Paulo e bairro de Higienópolis.
“O mobiliário exposto revela o rigor e a síntese características do comprometimento com a produção seriada e com a objetividade industrial, sem abrir mão, sobretudo em seu período inicial, da tradição artesanal do trato à madeira. Essa exposição marca o racionalismo intrínseco da escala das obras apresentadas, expressando a face mais pública de sua produção”, comenta Giancarlo Latorraca.
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A Casa Zalszupin, residência projetada pelo próprio Jorge, onde trabalhou e viveu por mais de 60 anos, apresentará um novo olhar sobre sua arquitetura residencial, marcada por uma organicidade expressionista, com volumes curvos e paredes grossas e brancas, com fotos de Nelson Kon e croquis inéditos.
“Distinguindo-se da pedagogia estrutural do concreto armado, que caracteriza a chamada ‘Escola Paulista’ de arquitetura no mesmo período, a produção de Zalszupin vai buscar referências no empirismo das construções escandinavas e mediterrâneas, definindo um caminho poético singular em sua produção residencial”, comenta Guilherme Wisnik.
Para José Roberto Maluf, presidente da Fundação Padre Anchieta, essa parceria é fundamental para apresentar ao público o trabalho de um consagrado designer. “O Museu da Casa Brasileira tem como uma de suas missões contribuir na composição histórica do design no Brasil e seguiremos com esse compromisso, ampliando o debate e aumentando a difusão”, finaliza.
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