Artista queima obras de arte após colecionadores optarem por imagens digitais como NFTs
As obras, criadas em 2016 com tinta esmalte sobre papel artesanal e cada uma numerada, serão queimadas até o dia 30 de outubro
12/10/2022 11h07
O artista britânico Damien Hirst queimou centenas de suas obras de arte na última terça-feira (11) após colecionadores optaram por manter as imagens digitais com NFTs (tecnologia que permite o registro de qualquer tipo de arquivo digital) em vez das obras físicas.
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O termo NFT é uma sigla em inglês para 'non-fungible token' e se refere a um selo digital que pode ser associado a uma foto, um vídeo ou qualquer tipo de arquivo digital. Por não serem fungíveis, esses tokens, que são códigos eletrônicos, são únicos, insubstituíveis.
Damien Hirst, que ficou famoso em meio à cena dos Young British Artist da década de 1990, lançou sua primeira coleção NFT "The Currency", 10 mil NFTs correspondentes a 10 mil obras de arte originais representando pontos coloridos, em julho de 2021.
Os colecionadores tiveram que escolher entre manter o NFT, que supostamente foi vendido por 2 mil libras esterlinas, cerca de R$ 11 mil cada um, ou trocá-lo pela arte física. Pouco mais de 5 mil escolheram o último, enquanto 4.851 optaram pelos NFTs, de acordo com a Newport Street Gallery de Londres.
As obras, criadas em 2016 com tinta esmalte sobre papel artesanal e cada uma numerada, titulada, carimbada e assinada, serão queimadas até o encerramento da exposição "A Moeda", em 30 de outubro.
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