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Divulgação/Carlos Fernandes/Associação Íris Angola
Divulgação/Carlos Fernandes/Associação Íris Angola

Em parceria com a plataforma Google Arts & Culture, a Associação Diversa, Arte e Cultura inaugurou o Museu Lusófono da Diversidade Sexual na última semana. A primeira exposição, “Queer Angola”, está inserida na programação especial do Google para o Mês da Consciência Negra no Brasil.

A exposição traz imagens da campanha “Veja além do seu preconceito” da Associação íris Angola, a primeira organização LGBT+ oficialmente reconhecida no país. São 35 fotografias de lésbicas, gays e pessoas trans angolanas em contextos e atitudes de empoderamento da comunidade no país. Acesse no Google Arts & Culture.

O site da TV Cultura conversa com Franco Reinaudo, diretor artístico do Museu Lusófono da Diversidade Sexual, que fala sobre a importância do recorte de um museu de entidades LGBT dos 10 países que falam a Língua Portuguesa, ou como oficial ou como segunda língua: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Macau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste

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“O primeiro objetivo comum a todos é criar um processo de união. Essas comunidades LGBTs, que estão em diversos graus de invisibilidade de direitos, vão se juntar para ter uma agenda em comum em relação às suas faltas”, explica Franco.

Segundo o diretor artístico, a ideia é contar histórias de artistas LGBT nesses países, histórias do movimento e das conquistas de direitos.

“Sabemos que tem uma construção, tanto do movimento LGBT quanto da história, que é muito centrada na Europa, nos Estados Unidos e suas influências. Então a ideia também é trazer pro Brasil outras construções e culturas”, diz, “na Angola tem uma cantora trans, super importante, chamada Titica e a maioria das pessoas nem sabe, nem a comunidade aqui sabe muito da existência dela. Queremos fazer essa troca de informação e visibilidade às culturas de cada país”.

Divulgação/Carlos Fernandes/Associação Íris Angola

Franco Reinaudo revela que a ideia do museu é trabalhada há quase dois anos e, inclusive, a ideia inicial era de ser um espaço físico em Lisboa, mas a pandemia atrapalhou os planos: “Daí que nasce a parceria com o Google, que comprou essa ideia de fazer o museu lusófono de forma virtual”.

Ainda existem planos de ter o Museu Lusófono da Diversidade Sexual em um lugar físico. Franco diz que há conversas para uma sede tanto no Brasil quanto em Portugal, mas a ideia principal é circular essas exposições com material virtual.

Com exclusividade ao site da TV Cultura, o diretor artístico do novo museu revela a próxima exposição: “22”. São 11 textos do Mário de Andrade, com 11 desenhos de um artista chileno. “Por causa da Semana de 22 faremos uma homenagem ao Mário, que agora temos a comprovação, depois de terem escondido cartas dele durante tanto tempo, que ele é gay”, explica Franco.

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“E também temos já previsto uma próxima exposição de Moçambique, uma exposição mais histórica do movimento LGBT de Moçambique, que deve sair no final de janeiro. A ideia é que, pelo menos a cada dois meses, tenhamos uma uma exposição nova na plataforma. E aí a gente vai fazendo o rodízio dos países”, conclui o diretor artístico que cuida da programação do agora inaugurado Museu Lusófono da Diversidade Sexual.