Influenciadora digital Karen Bachini revela ser intersexo; entenda o termo
Com mais de 2 milhões de seguidores no Youtube, ela publicou um vídeo no qual conta sobre como foi a descoberta
22/03/2023 10h36
A influenciadora digital Karen Bachini revelou ser uma pessoa intersexo. A notícia foi divulgada em um vídeo em seu canal no YouTube nessa terça-feira (21).
Conhecida por fazer vídeos de beleza e compartilhar seu dia a dia nas redes sociais, ela tem um canal na rede social desde 2009, onde possui mais de 2 milhões de seguidores.
Na publicação, ela conta que fez exames e se entendeu como pessoa pseudo-hermafrodita feminina. Ela relata que possui os genitais e órgãos internos referentes ao sexo feminino, mas não produz hormônios.
“Não parecia ser verdade, sabe? É uma coisa que você precisa realmente entender, aceitar e aí sim buscar a sua história. Como você vai buscar a sua história? Ou vai fazer novos exames ou acessar, e isso é uma coisa muito importante, todo o seu histórico hospitalar, todas as consultas e todos os procedimentos que foram realizados em você”, expõe.
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Segundo ela, quando tinha 18 anos, procurou por médicos porque possuía os ovários muito pequenos e não tinha glândula mamária, mas que recebeu o diagnóstico de menopausa precoce. "Naquela época foi me dito que eu tinha menstruado em alguma parte da minha vida e entrei na menopausa. Mas eu sempre achei isso muito estranho porque, se eu tivesse menstruado, eu saberia", conta.
O termo intersexo é usado para descrever uma série de variações biológicas naturais do corpo. Em algumas pessoas, as características são perceptíveis logo no nascimento, mas em outras, são aparentes até na puberdade.
Essas pessoas podem ter alterações hormonais, genitais ambíguos e outras diferenças anatômicas, ou ainda nascer com códigos genéticos diferentes do padrão. Um exemplo: o corpo pode ser fisicamente feminino, mas o seu código genético ser XY (X é o cromossomo feminino e Y é o masculino), o que pode afetar o desenvolvimento e a produção de hormônios.
Uma pesquisa da Organização das Nações Unidas (ONU) estimou que entre 0,05% e 1,7% da população mundial nasce com características intersexo — o que pode significar até 3,5 milhões de pessoas apenas no Brasil.
Antigamente, pessoas intersexo eram chamadas de hermafroditas, mas o termo caiu em desuso.
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