“Fui considerado detrator da República e monitorado pelo Ministério da Economia”, revela Eduardo Moreira

No Provoca desta terça-feira (4), Marcelo Tas conversa com o empresário Eduardo Moreira.

Um dos embates mais quentes do programa aconteceu ao final do primeiro bloco, quando o empresário e o apresentador debateram os modelos dos bancos no Brasil. Na visão de Moreira, o melhor caminho para o país crescer era se o sistema financeiro fosse público, algo parecido com que acontece na China. Tas o questiona se os chineses devem servir de referência para alguém.

“Você esteve na China com o olhar de um brasileiro que nasceu e foi criado em um regime conhecido e ouvindo histórias de uma democracia utópica bem diferente do que acontece na prática. É um país cheio de coronéis, onde quem tem dinheiro manda muito, quem é preto e pobre tem menos direitos que branco e rico. É uma democracia, em tese, mas que na prática as pessoas sofrem muito”, explica Moreira.

Tas entende o ponto de vista do entrevistado, mas ressalta que a China é uma ditadura e que não dá liberdade para seus cidadãos se expressarem. Moreira rebate perguntando se não acontece o mesmo aqui no Brasil.

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“Eu quase fui morto por ter uma opinião divergente do presidente Jair Bolsonaro. Tenho processos na Justiça de pessoas para manter distância só por ter uma opinião diferente. Estava num grupo do ex-ministro Paulo Guedes de 50 detratores da República e sendo monitorado pelo Ministério da Economia. Eu era o detrator número cinco”, revela.

Assista o debate completo:

O Provoca é apresentado por Marcelo Tas e vai ao ar às terças, às 22h, na TV Cultura, site oficial da emissora e canal do programa no YouTube.

Assista ao programa completo: