O cantor Roger Waters, um dos cofundador do Pink Floyd, se manifestou na última sexta-feira (26) sobre o figurino usado por ele em show na cidade de Berlim, na Alemanha. A roupa foi apontada como um traje nazista.
Após o show de quarta para quinta da semana passada (17 e 18), a polícia de Berlim passou a investigar o cantor por suspeita de incitação ao ódio público. Waters usou um uniforme oficial usado pela SS.
A organização Stop Antisemitism divulgou um vídeo em que mostra Waters com um casaco preto e braçadeiras vermelhas segurando um fuzil.
Great news! Berlin police have launched a criminal investigation into Roger Waters following his concert in which he dressed like a Nazi SS officer holding a gun and denigrated the murder of Anne Frank.
— StopAntisemitism (@StopAntisemites) May 25, 2023
Shockingly @AMCTheatres is promoting Waters currently. pic.twitter.com/6AlIHMmbR2
Em uma rede social, Roger Waters afirmou que o figurino usado no show era manifesto contra o fascismo.
“Os elementos da minha performance, que foi questionada, são claramente uma declaração em oposição ao fascismo, à injustiça e à intolerância em todas as suas formas. Tentativas de representar estes elementos como algo diferente são hipócritas e politicamente motivadas”, escreveu.
“Eu passei a vida inteira me posicionando contra o autoritarismo e a opressão sempre que eu os via. Quando eu era criança, depois da guerra, o nome da Anne Frank era falado muitas vezes na minha casa, ela se tornou um lembrete constante do que acontece quando o fascismo não é combatido. Meus pais lutaram contra os nazistas na 2ª Guerra Mundial, e meu pai pagou o preço mais caro”, acrescentou.
Leia a íntegra da nota publicada por Roger Waters:
“Minha recente performance em Berlim atraiu ataques de má-fé daqueles que querem me difamar e me silenciar porque discordam das minhas opiniões políticas e princípios morais.
Os elementos da minha performance, que foi questionada, são claramente uma declaração em oposição ao fascismo, à injustiça e à intolerância em todas as suas formas. Tentativas de representar estes elementos como algo diferente são hipócritas e politicamente motivadas. A representação de um fascista desequilibrado e demagogo faz parte dos meus shows desde o The Wall, do Pink Floyd, em 1980.
Eu passei a vida inteira me posicionando contra o autoritarismo e a opressão sempre que eu os via. Quando eu era criança, depois da guerra, o nome da Anne Frank era falado muitas vezes na minha casa, ela se tornou um lembrete constante do que acontece quando o fascismo não é combatido. Meus pais lutaram contra os nazistas na 2ª Guerra Mundial, e meu pai pagou o preço mais caro.
Independentemente das consequências dos ataques contra mim, eu vou continuar condenando a injustiça e todos aqueles que a perpetram”.
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