Fundação Padre Anchieta

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Foto: Giovanna Carvalho
Foto: Giovanna Carvalho

Marcelo Tas entrevista Maurício de Sousa no Provoca desta terça-feira (27). O programa com o criador da Turma da Mônica e membro da Academia Paulista de Letras vai ao ar a partir das 22h, na TV Cultura

No programa, o cartunista aborda sua infância, o início de sua carreira, os "nãos" que recebeu e muito mais.

“Recebi alguns 'nãos' sonoros, para não dizer gritantes. O primeiro foi na 'Folha de S.Paulo'. Vim de Mogi das Cruzes (SP), com uma pasta cheia de desenhos que minha mãe tinha visto e achado bonito (...) mostrei meus desenhos para o diretor de arte, ele deu uma olhada, fechou e falou: 'menino, faz outra coisa na vida e esquece de desenho, que não dá dinheiro pra ninguém'. A pessoa que me disse isso era um dos dois, três maiores ilustradores do Brasil”, conta.

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Ao sair da redação, o cartunista encontrou um jornalista que apontou seu erro: ele havia mostrado seus desenhos para uma pessoa que não o conhecia. Foi então que o amigo sugeriu que Maurício começasse a trabalhar no local, em qualquer cargo, para depois mostrar seus desenhos para os novos colegas.

“Ele me deu um trabalho de copidesque (...) virei repórter policial depois de um tempo; meu texto era muito sofisticado para reportagem policial (...) fui para o coloquial, que me ensinou a caber o texto no balãozinho de história em quadrinhos. Então estava tudo aberto para eu criar a primeira historinha, mostrei para os amigos da redação, eles publicaram”, relata.

Desde o início, Maurício acreditava em seu sonho: "quero ser desenhista de história em quadrinhos".