Sindicato dos atores de Hollywood recomenda greve; prazo para negociações se encerrou nesta quarta (12)
Esta pode ser a primeira vez em mais de 60 anos que atores e roteiristas fazem paralisações juntos
13/07/2023 09h39
O comitê de negociações do Sindicato dos Atores de Hollywood (SAG-AFTRA) votou de forma unânime pela recomendação de greve, após mais de um mês tentando acordos com grandes produtoras e canais de streaming, representados pela Aliança de Produtores de Cinema e Televisão (AMPTP).
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A recomendação aumenta as tensões da indústria hollywoodiana de viver novamente uma greve conjunta de atores e roteiristas, como ocorreu em 1960. Os escritores estão paralisados desde 2 de maio, em reivindicação por reajuste de salário e regulamentação do uso de inteligência artificial na escrita de roteiros. Ainda não há perspectiva de retomarem as atividades.
As duas questões também são centrais para os atores. Além de apontarem os lucros trilionários dos estúdios como argumento para adequação salarial, exigem proteção contratual e jurídica contra emulação de suas identidades com inteligência artificial.
Em nota, o SAG-AFTRA declarou que as companhias representadas pela AMPTP se recusaram a negociar em boa fé. “Não temos escolha além de seguir em união, recomendando uma greve para nosso conselho nacional. O assunto será discutido pela manhã e uma decisão será tomada”.
Devido às restrições de participação em eventos caso a greve seja declarada, impactos diretos nas ações publicitárias dos filmes em estreia são esperados. A exibição de Oppenheimer, em Londres, nesta quinta (13) foi adiantada em uma hora para que o elenco possa comparecer, independente da decisão do sindicato. A cerimônia de premiação Emmy, que anunciou os indicados nesta quarta (12), também pode ser adiada para o fim do ano ou para 2024.
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