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Destaque do house music, Aline Rocha investe em carreira internacional para expandir seu projeto

Artista conta mudança para Inglaterra e detalhes da turnê na Europa que acontecerá nas próximas semanas


17/07/2023 14h30

O Brasil é um dos polos da música eletrônica no mundo atualmente. Depois que a pandemia da Covid-19 foi controlada, os principais festivais e labels da cena procuraram o país para retomada das festas. Em 2023, Tomorrowland e Ultra confirmaram datas por aqui.

Mas, apesar da cena brasileira estar fervendo, há produtores brasileiros seguindo um outro caminho. É o caso de Aline Rocha, Dj natural do interior de São Paulo, que decidiu se mudar para a Inglaterra após 19 anos de carreira.

Em entrevista exclusiva ao site da TV Cultura, a artista revela os detalhes da mudança e conta os motivos que a motivaram a der esse passo na carreira.

“O meu estilo musical é muito reconhecido lá. Aqui, a gente tem muita mistura, tanta coisa. Tem funk, sertanejo e eletrônico. A mesma pessoa que gosta do eletrônico gosta do sertanejo também. Talvez, o meu nicho, por ser menos trabalhado no Brasil e ter menos DJs falando da mesma língua, acho que esse processo de mudança é faz parte do amadurecimento da carreira. Era uma coisa que eu sempre sonhei, mas jamais faria isso como uma aventureira”, conta.

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Rocha é uma das principais Djs de house music do Brasil. Além de produtora, seu repertório tem músicas disco dos anos 1980 e 1990. Seu talento fez com que assinasse com a Defected Records, maior label house do planeta.

“Em julho, eu toco na Hi Ibiza, clube número um do mundo, com a GlitterBox. Vou tocar no palco principal deles. Estou super feliz. Depois tem Croácia e Malta. Já tem muita coisa fechada e algumas que ainda ainda não recebi a confirmação 100%. Tem Itália também. Então eu vou dar um giro bem grande”, explica sobre a tour europeia.

Até chegar nesse status, a brasileira passou por um longo caminho. Foram diversas festas no Brasil e transições por diversos estilos musicais.

Início de carreira

O primeiro contato de Aline com a música logo quando criança. Seu pai trabalhou em emissora de rádio e ele revela que sempre teve muitos discos em casa.

“Eu frequentava a rádio e ia nos estúdios. Então sempre gostei muito desse universo. Mas foi quando eu fiz faculdade de publicidade de propaganda, quando eu namorei um DJ, eu aprendi a tocar. Foi ele que me ensinou”, revela.

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E o hobbie acabou se tornando profissão. Ela passou a discotecar em festas pequenas para ajudar a pagar as contas. Nesse início, disse que navegou por diversas cenas, como o EDM.

“Gostava de coisas um pouco mais sofisticadas. O EDM era muito barulhento na época. Daí, eu comecei a achar aquilo tudo um pouco cansativo. Então nos meus sets, eu sempre gostava de trazer clássicos”, diz.

Investimento na música

Percebendo que a carreira como Dj era o futuro, ela juntou uma grana e mudou de cidade. Saiu o interior de São Paulo e foi para Florianópolis, estado que concentra as principais baladas brasileiras. Green Valley, considerada top 3 clubs do mundo, fica em Balneário Camboriú.

“Virei residente das casas lá de Jurerê, dos Beach Club. Então, eu podia trazer esse requinte do house nos meus sets, porque as baladas eram na beira da praia, uma vibe mais gostosa. Fui aprimorando esse meu estilo e não parei mais”, conta.

Relação com a Defected Records

O salto na carreira aconteceu após o início da relação com a Defected Record. Começou como fã. Antes da pandemia, juntou dinheiro para ir ao festival da gravadora, que acontece na Croácia.

“Foi muito difícil para mim ir até a Croácia. Naquele ano era muito caro. Para mim, foi difícil conseguir pagar a viagem inteira. Então eu tava muito feliz de estar lá e eu queria aproveitar tudo que eu pudesse”, relembra.

O momento especial foi na apresentação de The Shapeshifters, projeto musical do produtor de house inglês Simon Marlin. A música preferida da brasileira é “Lolla’s Theme”, a mais famosa do produtor.

“Naquele momento, quando ele tocou a música, fui tomada por uma emoção. Estou aqui. Estou vivendo tudo isso pessoalmente. Eu era uma DJ do interior de São Paulo. Então eu não tinha oportunidade de vir para capital para ver os grandes DJs que vinham tocados”, completa.

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Após o festival, ela entrou em contato com Marlin para agradecer pela apresentação. Poucos dias depois, a mensagem foi respondida e repostada pela gravadora nas redes sociais. Assim, uma relação surgiu.

O vínculo aumentou quando ela se inscreveu para um concurso da Defected e ganhou. Logo emseguida, foi chamada para participar de um evento virtual durante a pandemia. O que era relação de fã, passou a ser profissional.

“Esse evento foi absurdo, ele me deu uma projeção internacional muito grande. As pessoas começaram a ouvir falar do meu nome lá fora. Então, as pessoas passaram a querer me levar lá para fora, os contratantes”, afirma.

Quando os eventos voltaram, ela passou a frequentar clubs e festivais europeus, como a Ministry of Sound, em Londres, a Amnésia, em Ibiza, e festivais de house music.

“Não foi um processo muito rápido. Tudo isso foi me preparando e hoje eu tô vivendo meu sonho. Eu estou no lugar que eu queria estar, com as pessoas que eu gostaria de estar, falando sobre coisas que eu acredito, tocando o que eu realmente acredito. É a minha verdade. Estou muito zen e com humildade. Tudo aconteceu muito devagar e entendendo cada processo e tendo paciência”, finaliza.

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