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Mike Deodato Jr. elogia roteirista da nova revista do Flash: “Lembra muito Alan Moore”

Paraibano assumiu a arte do velocista desde setembro e diz que a série tem um quê de 'Watchmen'


05/12/2023 16h19

Desde setembro deste ano, o paraibano Mike Deodato Jr. é o desenhista titular da nova fase da revista do Flash.

Um dos artistas convidados mais requisitados da última CCXP, que aconteceu no último fim de semana, Deodato se mostrou empolgado com o trabalho no novo título e não poupou elogios ao roteirista da revista, o britânico Simon Spurrier.

“O escritor é fantástico. Lembra Gardner Fox, naquelas coisas de ficção científica. Também lembra muito Alan Moore, sei que é pretensioso dizer isso, mas faz lembrar”, afirma o desenhista.

Moore é considerado por grande parte dos leitores de quadrinhos como o maior da história. Ele é responsável pelos roteiros de materiais como ‘Watchmen’, ‘V de Vingança’, ‘Do Inferno’ e uma fase super aclamada à frente do personagem Monstro do Pântano.

Ainda no campo das comparações com o "mago das HQs", o brasileiro afirma que a nova fase do velocista escarlate é uma mistura de humor com terror.

Reprodução | DC Comics

Embora continue tratando de família e piadas, uma coisa mais leve, tem esse lado de terror que está se aproximando, meio como ‘Watchmen’”, revela.

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Quadrinho sobre I.As

Outro trabalho em evidência do brasileiro é a colaboração com o escritor norte-americano Mark Russel em ‘Nem todo o robô’. A HQ ganhou o prêmio Eisner, considerado o Oscar dos quadrinhos, na categoria “Melhor série de humor” em 2022.

Reprodução | 'Nem todo robô'

A história se passa em 2056, em uma sociedade em que robôs inteligentes substituiram os humanos como mão de obra. Neste cenário, cada família tem uma máquina para facilitar os afazeres do cotidiano, mas, em alguns casos, a convivência entre humanos e I.As pode se tornar bem tensa.

“É bom que conscientiza quem não é conscientizado sobre o machismo tóxico, e é um tema super atual porque inteligência artificial virou um tópico divisor. Eu, pessoalmente, acho que dá pra ser usada como um instrumento e não é só pra tirar empregos. Até porque, se tirar todos os empregos, como é que a gente vai dar dinheiro pros ricos? Vão ter que deixar alguns”, brinca o quadrinista.

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