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Reprodução/Instagram/@anamemusic
Reprodução/Instagram/@anamemusic

Não importa se está no início da carreira ou no auge do mundo musical. Uma turnê mundial para mostrar seu trabalho é sempre um motivo de empolgação. Frio na barriga antes de uma apresentação e felicidade para encontrar novos fãs.

Quem desembarcou no Brasil pela primeira vez foi o duo nórdico Anamē, formado pelo sueco Marcus Schössow e o norueguês Thomas Sagstad. Eles se apresentaram no Ame Laroc Festival, em Valinhos, no interior de São Paulo, durante o carnaval brasileiro. O show fez parte da turnê mundial de seu primeiro álbum, intitulado “Beautiful World”.


A dupla já produz música e viaja o mundo há mais de 15 anos. Mas, só em 2021, se juntaram para criar um projeto juntos. Ambos estiveram no Brasil anteriormente e sabem como o público consome música eletrônica. Em entrevista exclusiva ao site da TV Cultura, explicaram os motivos para colocar o país na turnê internacional.

“Pessoalmente, para mim, o público daqui gosta da gente pelo o que realmente somos. As pessoas aqui trabalham muito, são boas e com corações muito grande. Acho que a paixão dos brasileiros pelas coisas é uma das maiores entre as nações do mundo todo. Todo mundo conhece o carnaval e essa cultura”, explicou Marcus.

“Eu concordo. Essa paixão pela música, o interesse pelo o que fazemos e o fato de estarem abertos a escutarem novas coisas é muito legal para gente. Podemos testar novas músicas e ver a reação do público. É demais!”, completou Thomas.

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Além disso, os dois deram detalhes de como a parceria nasceu e o processo de produção do disco, lançando em setembro do ano passado.

“Eu e o Marcos nos conhecemos há quase 20 anos. Nós crescemos produzindo música juntos. O projeto Anamē é algo que sempre queríamos fazer, mas sempre faltava tempo e outras coisas. Mas, há uns três anos, tivemos esse ‘click’ e começamos a conversar sobre e acertamos tudo com as nossas famílias. Vimos se realmente tínhamos tudo que era necessário para fazer o projeto acontecer, principalmente musicalmente”, contou Thomas.

“É realmente muito louco. Estamos no primeiro round [da turnê] agora e todos os shows estão com ingressos esgotados. Nós entendemos que temos fãs, mas não sabíamos que eram tantos assim”, celebrou Marcus. “Fazer uma turnê de um álbum, que passamos um ano e meio produzindo, é sensacional”, completou.


Antes do lançamento do disco, eles já tinham feito alguns lançamentos, como o EP “Red Moon” e o remix de “Gratitude” do Above & Beyond.

Criando um disco em tempos de single

Com a informação sendo consumida de maneira mais rápida e as músicas ficando cada vez mais curtas, a produção de álbuns estão diminuindo. É comum, principalmente DJs, lançarem uma música de cada vez.

Então por que lançar um disco com 13 músicas logo no início da carreira? Por que não esperar a fama não chegar no auge para lançar um projeto mais consolidado? A dupla acredita em uma maneira diferente de produzir canções.

“Nós não tentamos fazer um gol [quando produzimos música]. Nós tentamos nos expressar e colocar nas músicas o que sentimos. Nós não podemos esperar que o mundo sinta alguma coisa pelo som e se seu coração não estiver nele. Se sua meta é fazer uma música para TikTok, isso raramente vai acontecer, porque é aleatório. Se todo mundo soubesse como fazer músicas virais, aconteceria o tempo todo. Eu acho que a coisa mais importante, principalmente para novos artistas, é se encontrar e achar o seu som e não ligar para o que os outros estão fazendo. Cada pessoa é única. Em algum ponto, você vai encontrar algo seu e vai produzir algo que seja como você”, afirmou Marcus

“Para nós, o álbum reflete muito o que é a nossa personalidade. Tivemos várias ideias e quisemos criar algo que fosse realmente nosso. Por muitos anos, eu e o Marcus debatemos e pensamos em músicas. Mas tudo aconteceu quando pudemos nos expressar juntos. E não conseguimos fazer isso com apenas uma música. Você precisa de mais espaço para contar toda a história”, complementou.

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A prova que o plano está dando certo são os números nas plataformas e as reações nos shows. No Spotify, são mais de 1.2 milhão de ouvintes mensais. Nas pistas, todos estão dançando e cantando.

“O que é realmente legal de ver, em todos os cantos do mundo, são as músicas tendo um impacto nas pessoas. Elas sempre cantam as letras. E as vezes nem é aquela que você pensava que seria. Pra mim, isso é realmente emocionante”, finalizou Thomas.