A poeta Lygia de Azeredo, companheira do escritor Augusto de Campos, morreu neste domingo (14), aos 92 anos. A notícia foi publicada nas redes sociais, por amigos e familiares. No perfil da própria Lygia no Facebook, Augusto publicou simplesmente: "Lygia meu amor", em legenda a um poema de Emily Dickinson sobre o incontrolável da vida.
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Nascida no Rio e formada em Letras, envolveu-se desde jovem com o movimento poético de vanguarda de São Paulo. Em 1953, ela foi a inspiradora do poema em cores "lygia fingers", incorporado à série "Poetamenos", de Augusto, seu então namorado. Posteriormente, o próprio Augusto gravaria a obra, e integraria o disco "Trem dos Condenados", de Marcus Vinicius.
Lygia era interlocutora e colaboradora das pesquisas do marido, Augusto, e ambos fizeram de sua casa um ponto de recepção a poetas, artistas e interessados de diversas gerações.
Com poemas publicados esparsamente em revistas como a "Zero à Esquerda" (Nomuque Edições, 1981), Lygia publicou seu primeiro e único livro em 2019: "Passos e Expassos" (Galileu Edições), em tiragem super limitada de apenas 50 exemplares.
Lygia deixa seu marido, uma irmã e dois filhos. Lygia será enterrada no início da tarde desta segunda-feira, no Cemitério do Araçá após velório com amigos e familiares.
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