“A periferia nunca leu tanto quanto agora”, garante escritor Sérgio Vaz no Provoca

O apresentador Marcelo Tas conversa com o poeta e escritor Sérgio Vaz no Provoca desta terça-feira (14).

Em 1996, o bairro Jardim Ângela, em São Paulo, foi considerado o mais perigoso do mundo pela ONU. Tas pergunta o que mudou na realidade da comunidade nesses quase 20 anos. Na visão do artista, a cultura hip-hop foi fundamental para mudança de mentalidade das pessoas.

“O hip-hop nos conscientizou de coisas que não sabíamos. O menino pobre achava que o defeito estava nele e não enxergava que o problema estava no Estado. Não conseguia perceber que o sistema nos oprime e nega educação, esporte e lazer. Essa consciência, que eu não tinha, aprendi graças ao hip-hop”, afirma.

Outro destaque de Vaz é a evolução das novas gerações. Ele garante que os jovens de agora estão lendo mais do que os de antigamente.

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“O saraus e os movimentos culturais foram pipocando nas ruas. O sarau da Cooperifa, por exemplo, foi criado num bar”, conta. “Estão chegando muitos jovens com muitas propostas. Eles são mais rápidos e inteligentes. A minha geração é mais romântica. A juventude se apropriou na palavra, a literatura está comendo miudinho na mão da molecada. Acho que a periferia nunca leu tanto quanto agora. Ainda não é o ideal. Talvez os livros não sejam aqueles que estão nas grandes livrarias”, completa.

Assista ao trecho completo:

O Provoca é apresentado por Marcelo Tas e vai ao ar às terças, às 22h, na TV Cultura, no aplicativo Cultura Play, site oficial da emissora e canal do programa no YouTube.

Assista ao programa completo:

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