Nostalgia: personagens icônicos da TV Cultura viram pins de lapela

Nostalgia é um dos sentimentos que mais mexem com o ser humano. A saudade do passado, do que foi vivido e sentido, é muito forte em todas as gerações. Isso está presente em diversas áreas, desde a cultura pop até a política.

Uma das empresas que mais afloram essa sensação é a TV Cultura. As séries infantis, como “O Castelo Rá-Tim-Bum” ou o “Mundo da Lua”, foram marcantes para muitos telespectadores e até hoje emocionam pessoas em todo o país.

Mas como deixar esse sentimento ainda mais forte? Muitas marcas investem em produtos. Uma delas é a Icebrg, que produz pins de lapela. Numa edição especial, eles lançaram uma coleção especial sobre os programas infantis da emissora. O gravador do Lucas Silva Silva, o “senta que lá vem a história”, o Repórter Arinelson, o X-Tudo e o peixes do Glub-Glub ganharam peças colecionáveis.

“Percebemos também que havia uma demanda reprimida, principalmente do pessoal na casa dos 30, 40 anos que sentem muita nostalgia quando veem produtos dos programas que formaram a sua infância”, explica Vinicius Silverio, fundador da marca.

Para criar a coleção da Cultura, a Icebrg admite que contou com a ajuda do público. Graças as redes sociais, conseguiu criar produtos que o consumidor queria.

“Caixinha de perguntas no Instagram, Chat GPT e o gosto pessoal foram usados para escolher os cinco modelos de pins. Muita coisa boa ficou de fora. Quem sabe a gente não faz um volume 2?”, afirma.

Mas como transformar os personagens de TV em pins? Os designers analisam o máximo de imagens possíveis e adaptam, inicialmente, para um desenho 10x10 centímetros. Depois, os desenhistas simplificam os traços e colocam no tamanho do botom.

Emoção do público

A nova linha de produtos mexeu com o público. Uma em especial. Vera Papini Ribeiro, filha do apresentador Márcio Ribeiro, usou as redes sociais para mostrar a alegria pela homenagem.

“Descobri hoje que vende pin do Arinelson e do X-Tudo. E eu me peguei pensando: há quanto tempo eu não vejo Ra-Tim-Bum? Eu nem sei porque entrei no site da Icebrg. Entrei no YouTube para ver os personagens, e lembrei que meu pai fazia as vozes”, conta emocionada.

@mammaexausta Surta aqui comigo, rapidinho. #socorrodeus #familia #tvcultura #xtudo #marcioribeiro #icebrg ♬ original sound - •Vera•MammaExausta•

Ribeiro faleceu aos 49 anos, em 2013, devido a complicações cardíacas. Ele foi um dos grandes responsáveis pelo sucesso dos programas da emissora nos anos 1990.

Leia também: Exposição imersiva sobre ‘O Pequeno Príncipe’ chega a São Paulo

“A gente não esperava, mas a gente trabalha pra isso. Pra gerar esse sentimento de nostalgia através de pin de metal. Às vezes, a pessoa que recebe consegue expressar tão bem aquilo que sentiu ao ver o pin, que acaba gerando identificação nas pessoas. Foi o caso da filha do Marcio Ribeiro. Viralizou de um jeito que ficamos uma semana recebendo o vídeo de tudo quanto era lado. Foi incrível”, revela o empresário Vinicius Silverio.

Relação com a emissora

A relação da marca com a TV Cultura não é de agora. Anteriormente, a Icebrg lançou duas coleções do "Castelo Rá-Tim-Bum". O porteiro, Godofredo, o ratinho e muitos outros personagens foram adaptados.

“O legal da parceria com o Castelo Rá-Tim-Bum foi que eles deram muita liberdade para elaboração dos desenhos, cards e caixa especial”, explica. “Escolhemos personagens que não fossem com o rostos dos atores ou atrizes. Pra facilitar esta aprovação interna, escolhemos apenas bonecos e o Etevaldo que era basicamente todo maquiagem”, completa.

Brasilidade é a marca

As parcerias com a TV Cultura não são as únicas coleções. Também há produtos da “Turma da Mônica”, pontos turísticos, “Irmão do Jorel”, comidas e produtos brasileiros, como a urna eletrônica.

A brasilidade é uma das características da Icebrg. “A gente recebe sempre convites de licenciamentos internacionais, mas por enquanto estamos focados em produzir conteúdo 100% brasileiro, pois não temos quase nada disponível (no que se refere a pins) no mercado”, conta.

Leia também: Gabriel Chalita conversa com Marilia Marton e Marcelo Calero no Arena dos Saberes

Além disso, admite que adaptações brasileiras foi uma forma de fugir do óbvio. “Desde o início, a ideia era fazer pins que não existiam em nenhum site, como Shopee, Aliexpress, Mercado Livre etc. Acabou que virou o nosso diferencial e vamos manter isso vivo”, finaliza.