“Era uma festa para 5 mil pessoas e agora é um festival de 70 mil”, revela produtor do Só Track Boa

A edição do Só Track Boa, um dos principais festivais de música eletrônica da América Latina, começa nesta sexta-feira (14) em São Paulo. Pela primeira vez, a festa acontecerá na Neo Química Arena, estádio do Corinthians.

Com mais de 40 atrações nacionais e internacionais divididos em três palcos, a organização promete a maior edição dos quase dez anos de festival. O produtor Marcelo Madueño celebra o crescimento do evento neste período e como a marca ganhou em credibilidade.

“O primeiro Só Track Boa de São Paulo aconteceu em 2016 e foi um evento para aproximadamente 5 mil pessoas. Foi no feriado de independência do Brasil. Em 2017, já subimos para 7.800 pessoas. No ano seguinte, aumentou para 12 mil e batemos 19 mil em 2019. Travou com a pandemia. Quando voltamos, em 2022, fizemos um evento para 35 mil. No ano passado, ampliamos para dois dias e subiu para 55 mil. Agora, serão dois dias novamente e 70 mil pessoas. A gente cresce 30% ao ano”, detalha.

Um dos segredos para conseguir atrair mais público a cada ano é a curadoria de artistas. Na visão de Madueño, é desafiador montar um festival e fazer com que as pessoas se interessem por mais de um palco e não queiram ficar apenas no MainStage.

“Pela primeira vez, estamos aproximando o palco um do palco dois. O palco principal tinha 20 mil pessoas e o segundo tinha cinco mil pessoas no ano passado. Esse ano o palco principal terá capacidade para 20 mil e o dois será de 10 mil pessoas e o palco 3 vai ter 5 mil. A gente começa a criar uma homogeneidade maior”, explica.

Além das atrações, o festival entrega serviços e ativações parecidos com os grandes eventos de cultura pop, como stand de marcas, área de games, tatuagem e pontos instagramaveis. O produtor celebra que consegue proporcionar essa experiência com ingressos mais acessíveis.

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“A gente consegue fazer uma entrega de nível internacional com um preço mais baixo e acessível. Nosso ticket médio da pista é R$ 250 por dia. São três palcos com 12 horas de atração, com área de alimentação, massagem, tatuagem, games e até escola para DJ. Analogamente, esse é um festival de música eletrônica que entrega algo semelhante aos grandes festivais de música pop do Brasil. Ele custa um quarto do valor”, compara.

Investindo no futuro

Qual o futuro dos festivais de música? E para as festas nichadas? Apesar do crescimento, há uma preocupação com a produção de eventos nos próximos anos. Para não deixar a oportunidade passar, Madueño criou o curso voltado para produtores de eventos: o QA PRO. O objetivo é trazer conhecimento técnico, estratégico e metodológico para melhorar as experiências e otimizar custos e lucros do setor.

“Um evento é um projeto. O conhecimento, que é essencial para gerir eventos e elementos desse ecossistema, falta indústria. Percebi que faltam pessoas com esse conhecimento”, conta.

Em sua metodologia, ele passa todos os processos que usou no Só Track ao longo dos anos.

“Infelizmente, o produtor de hoje ou o organizador médio não têm o conhecimento completo sobre isso. Então, o curso tem o propósito de ampliar a visão dos produtores para criarem alguns hábitos que são base”, completa.

Com 20 horas de duração, o QA PRO está estruturado em seis módulos, que abrangem ampliação de visão estratégica de oportunidades de mercado, guia PMBOK (Project Management Body of Knowledge). Há conteúdos sobre gerenciamento de tempo, custos e decisões para uma entrega mais rápida e econômica, captação de recursos e análises financeiras, entre outros.

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As inscrições estão abertas até 17 de junho e podem ser feitas por este link. As aulas são gravadas, e podem ser assistidas de qualquer lugar.

“Ao final do curso, você terá um planejamento completo para lidar com qualquer evento, seja um festival de música, um casamento, evento cultural ou um workshop. Minha garantia é oferecer todas as habilidades ao produtor de evento para poder trabalhar em projetos de todos os portes, desde eventos menores até os maiores eventos do país”, finaliza.